Jerónimo de Sousa defende que é preciso "preparar, planificar, agir e não alimentar o medo e o alarmismo, que não ajudam à resolução do problema".
O PCP criticou esta terça-feira os hospitais privados por não integrarem a "resposta coletiva" ao surto deCovid-19 e defendeu um reforço do Serviço Nacional de Saúde (SNS), que considerou um "porto de abrigo".
"O SNS continua a ser o porto de abrigo de milhões de portugueses que estão preocupados com esta situação", afirmou o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, a meio de uma visita ao salão internacional do setor alimentar e bebidas (SISAB) no Altice Arena, em Lisboa.
Um dia depois de terem sido confirmados os primeiros dois casos de infeção pelo novo coronavírus em Portugal, o secretário-geral dos comunistas afirmou que agora é preciso "passar à ação, com um processo de planificação de medidas através do SNS que deem garantias de poder debelar este vírus que hoje afeta tanta gente no mundo".
É preciso, afirmou, "preparar, planificar, agir e não alimentar o medo e o alarmismo, que não ajudam à resolução do problema".
A resposta do SNS é "tanto mais importante" quando se verifica que os hospitais privados já declararam que "não têm condições nem aceitam integrar numa resposta coletiva", o que releva a importância do serviço público de saúde como "porto de abrigo".
Após saber-se que os hospitais de Santo António e de São João, no Porto, "esgotaram a capacidade", pelo que mais quatro hospitais na região norte foram ativados na noite de segunda-feira devido à epidemia de Covid-19, Jerónimo de Sousa foi questionado sobre se o SNS será capaz de dar respostas ao problema.
O líder dos comunistas admitiu que existe um "sentimento de inquietação" de falta meios no SNS "mesmo numa situação normal" e insistiu que "deve ser encontrada uma resposta por parte do Governo", procurando "reforçar com meios, com instalações" de forma a "garantir a máxima resposta".
Uma "questão fundamental" salientada por Jerónimo foi quanto à necessidade de igualdade, entre empresas públicas e privadas, no caso de um trabalhador necessitar de internamento em quarentena.
"Todas as medidas no pagamento de salários e subsídios", acrescentou, "deve ser aplicado tanto à administração pública como às empresas do setor privado" e alertou que "ninguém perceberia a diferenciação".
O surto de Covid-19, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou mais de 3.100 mortos e infetou mais de 90.300 pessoas em cerca de 70 países e territórios, incluindo duas em Portugal.
Das pessoas infetadas, cerca de 48 mil recuperaram, segundo autoridades de saúde de vários países.
Além de 2.943 mortos na China, onde o surto foi detetado em dezembro, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América, San Marino e Filipinas.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional de risco "muito elevado".
A Direção-Geral da Saúde (DGS) confirmou na segunda-feira os dois primeiros casos de infeção em Portugal, um homem de 60 anos e outro de 33, internados em hospitais do Porto.
Covid-19: PCP critica hospitais privados e elogia SNS como "porto de abrigo"
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