Os estabelecimentos escolares vão reabrir a 18 de maio ou a 1 de junho, dependendo do tipo.
A Fenprof defendeu hoje a realização prévia e periódica de testes a todos os alunos, professores e funcionários não docentes que regressem à escola, considerando que as orientações do Governo são omissas, incoerentes e economicistas.
"É necessária a realização prévia e periódica de testes a todos os que retomem a atividade presencial, sejam docentes, não docentes ou alunos", afirmou o secretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira, em conferência de imprensa em frente da escola Martim de Freitas, em Coimbra.
Esta é uma das várias medidas que a Fenprof exige que constem de protocolos sanitários específicos para cada tipo de estabelecimento escolar que reabra a 18 de maio ou a 1 de junho, tal como decidido pelo Conselho de Ministros.
Além desta medida, a Fenprof exige um parecer prévio favorável da autoridade de saúde pública local, higienização prévia de instalações e ações de limpeza e desinfeção diárias e distribuição de equipamento de proteção individual, entre outras.
Na conferência de imprensa de hoje, Mário Nogueira classificou as orientações do Ministério da Educação para a reabertura das escolas secundárias como generalistas, omissas, incoerentes, economicistas e discriminatórias.
"Este é um documento que não estabelece todas as normas de segurança sanitária que o combate à pandemia impõe, que demonstra falta de racionalidade pedagógica nas medidas anunciadas e que não garante as condições necessárias para os professores realizarem o seu trabalho e para os alunos se prepararem para realizar os exames. Em suma, as orientações divulgadas pelo Ministério da Educação não geram confiança e tranquilidade para o regresso às escolas", vincou.
Na intervenção inicial, Mário Nogueira notou que o documento é "omisso" em aspetos de segurança sanitária ou na garantia de distribuição de equipamentos de proteção individual, "economicista" por prever a divisão de turmas mas evitar a contratação de docentes, o que "levará a uma redução da carga letiva semanal", e "discriminatório" porque admite que "uns alunos terão as aulas presenciais previstas no horário, outros apenas metade dessas aulas, alguns continuarão em ensino à distância e aqueles cujos pais rejeitem o seu regresso às escolas, em jeito de punição, ficarão sem aulas".
O secretário-geral da Fenprof criticou ainda o facto de estas orientações terem sido elaboradas sem negociação ou auscultação das organizações sindicais.
Mário Nogueira disse também que a Fenprof exige a marcação de uma reunião com caráter de urgência com o Ministério da Educação, por forma a apresentar e negociar as condições sanitárias e pedagógicas adequadas ao eventual regresso às escolas, bem como para iniciar os processos negociais relativos à aprovação do despacho de constituição de turmas para o ano letivo 2020/2021.
Portugal entrou domingo em situação de calamidade, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de março.
Esta nova fase de combate à covid-19 prevê o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância ativa, o dever geral de recolhimento domiciliário e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.
Covid-19: Fenprof defende testes para todos os que regressem à escola
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Prepara-se o Governo para aprovar uma verdadeira contra-reforma, como têm denunciado alguns especialistas e o próprio Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, num parecer arrasador.
Imaginemos que Zelensky, entre a espada e a parede, aceitava ceder os territórios a troco de uma ilusão de segurança. Alguém acredita que a Rússia, depois de recompor o seu exército, ficaria saciada com a parcela da Ucrânia que lhe foi servida de bandeja?
Não foi fácil, mas desvendamos-lhe os segredos do condomínio mais luxuoso de Portugal - o Costa Terra, em Melides. Conheça os candidatos autárquicos do Chega e ainda os últimos petiscos para aproveitar o calor.