Um avião fretado pelo Estado português parte na madrugada de quinta-feira de Pequim com o primeiro carregamento dos 500 ventiladores comprados pelo Governo a fornecedores chineses devido à pandemia de Covid-19 e que foram entregues na embaixada portuguesa na capital chinesa.
Segundo o embaixador português em Pequim, José Augusto Duarte, serão precisos quatro voos, fretados à companhia aérea portuguesa TAP, para transportar os ventiladores e restante equipamento de proteção médica, incluindo máscaras, luvas ou fatos de proteção química, entre compras do Estado e doações de privados.
O segundo voo tem partida prevista para sábado.
Augusto Duarte enalteceu a "convergência nacional" que permitiu que os 500 ventiladores comprados pelo Estado português fossem entregues em tempo útil e a um preço "particularmente baixo".
"Não só temos o material a tempo e horas como também a um preço extremamente satisfatório, o que é ótimo para o erário público e deve-nos satisfazer a todos", disse à agência Lusa o diplomata.
O súbito aumento na procura mundial levou a uma intensa competição entre Estados pelo acesso a ventiladores e outro equipamento, numa altura de interrupções nas cadeias de fornecimento devido ao estado de emergência que vigorou em diferentes partes do mundo.
Admitindo "imensas dificuldades" para garantir o material necessário no combate contra a epidemia do novo coronavírus, o embaixador elogiou a "convergência entre todas as instituições do Estado português e coordenação diária com a embaixada portuguesa".
"São muitos os elementos que compõem um puzzle que dá depois como resultado final que Portugal tenha conseguido, primeiro que muitas outras nações, o resultado final que pretendia alcançar, e isso é muitíssimo importante", contou.
Portugal pagou 9,2 milhões de euros pelos 500 ventiladores em março passado.
José Augusto Duarte frisou que o negócio, realizado "numa altura relativamente inicial, quando se estava ainda a lançar a pressão sobre o mercado chinês", permitiu adquirir os ventiladores a um preço quatro vezes mais baixo do que é atualmente praticado.
O diplomata revelou que, entre aviões fretados pelo Estado e por privados, já foram realizados mais de 44 voos entre Portugal e a China com material hospitalar.
"A missão fica plenamente cumprida por parte da embaixada quando tivermos todos os aviões da TAP a retirar daqui o material e a chegar a Portugal, mas esta fase já foi concluída, está encerrada, e nós podemos em Portugal e aqui em Pequim dar-nos por satisfeitos", disse.
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