António Costa falava no Palácio Foz, nos Restauradores, em Lisboa, após a empresa portuguesa Vision-Box ter assinado um contrato com o Aeroporto Internacional de Bangalore para equipar esta infraestrutura (a terceira com maior movimento na Índia) com tecnologia de gestão de passageiros baseada em biométrica.
No primeiro trimestre do próximo ano, parte substancial dos passageiros do Aeroporto Internacional de Bangalore, após um primeiro registo electrónico, poderão passar as várias fases do processo até à entrada no avião sem terem de mostrar o seu cartão de embarque, já que a tecnologia a instalar permitirá imediata identificação através de reconhecimento facial.
Com o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e a embaixadora da Índia, Nandini Singla, sentados na primeira fila da plateia a ouvi-lo, António Costa considerou que o contrato da Vision-Box para equipar com nova tecnologia o Aeroporto Internacional de Bangalore "é o símbolo" daquilo que pretende para as relações entre Portugal e a Índia no século XXI.
Mas o primeiro-ministro também aproveitou o seu discurso para deixar alguns recados de carácter interno, sobretudo dirigidos aos meios empresarial e de investidores do país.
"A economia portuguesa atravessa uma boa fase, desde a entrada no euro que não crescia tanto e com uma redução extraordinária do desemprego. Mas, se queremos continuar a crescer, então temos de aumentar o nosso potencial crescimento", advertiu o líder do executivo português.
Além de aposta na inovação, num melhor aproveitamento dos seus recursos e da atracção de mais população, António Costa defendeu que Portugal precisa igualmente de abrir-se a novos mercados, além dos dez milhões nacionais e dos 500 milhões da União Europeia".
"Há todo um mundo à nossa espera", salientou o primeiro-ministro.