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Costa: "Não podemos ter ilusão" que economia a crescer "torna tudo possível"

11 de dezembro de 2018 às 17:24
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Em debate quinzenal, o primeiro-ministro afirmou que é necessário "continuar a andar com o passo seguro" depois de "relançar a economia em 2016, 2017 e 2018".

O primeiro-ministro, António Costa, declarou hoje, no debate quinzenal na Assembleia da República, que não se pode ter a "ilusão de que a economia a crescer torna tudo possível", salientando ser necessário "continuar a andar com o passo seguro".

"Não podemos ter esta ilusão de que a economia a crescer torna tudo possível para todos e já. E, é por isso que temos de continuar a andar com o passo seguro que temos feito", disse António Costa, em resposta à coordenadora nacional do BE, Catarina Martins.

O primeiro-ministro considerou ser "verdade que a economia está a crescer, e está a crescer graças à inversão de política" que o Governo levou a cabo desde que foi eleito, em 2015, e que "foi isso que permitiu relançar a economia em 2016, 2017 e 2018".

"E, apesar de a economia estar a crescer há três anos, apesar de convergirmos pela primeira vez com a União Europeia, a verdade é que o nível do PIB [Produto Interno Bruto], a riqueza nacional, só agora atingiu o nível de 2008", ressalvou.

De qualquer forma, acrescentou o primeiro-ministro, o Governo está a "gastar mais" em saúde e educação, tendo também investido até agora "310 milhões de euros" nos transportes públicos.

Na sua intervenção, a deputada Catarina Martins lembrou que "permanecem estrangulamentos injustificáveis nos serviços públicos" e que "cabe ao Governo dar o passo essencial, ter a humildade de ouvir e a capacidade de dialogar, negociar em vez de empatar, resolver os problemas em vez de os adiar".

PS elogia resultados do Governo e relações com Angola e China

Também em debate, o PS elogiou os resultados das políticas governamentais, designadamente no combate às desigualdades e à pobreza e as boas relações com Angola e China, enquanto o primeiro-ministro lamentou que a direita se concentre em "guerrilha" e "casos".

No debate quinzenal na Assembleia da República, em Lisboa, o líder do executivo condenou PSD e CDS-PP por, "em vez da oposição frontal que apresenta uma alternativa", se refugiarem "no combate de guerrilha" devido à impotência para "combater em campo aberto", já que não têm "alternativa a apresentar à mudança de política que o PS, o BE, o PCP e o PEV foram capazes de erguer e construir".

"É patente neste debate que, de facto, a direita portuguesa tem um enorme problema. Não é capaz de criticar este Governo e a solução política encontrada em outubro de 2015 do ponto de vista dos resultados. Temos mais crescimento, emprego, menos défice, dívida, mais investimento privado, exportações, há hoje, felizmente, mais rendimento. Não podendo atacar as políticas pelos resultados, concentra-se na política de casos", disse António Costa.

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