Em Santo Tirso, Antónjo Costa foi recebido por um protesto de defensores do ensino privado. Com acusações de existirem erros na lista de colégios apoiados, o primeiro-ministro diz estar disponível para os corrigir
"Alguns dos colégios dizem que há erros. Se há, o Governo está disponível para receber as escolas e no caso de haver os corrigir", disse hoje o primeiro-ministro depois de ter sido recebido por uma manifestação de centenas de defensores do ensino privado.
Em Santo Tirso para a inauguração dos melhoramentos no Museu Municipal do Abade, na companhia do arquitecto Siza Vieira e do presidente da câmara local,o socialista Joaquim Couto, António Costa chegou 25 minutos atrasado para uma surpresa - à sua espera tinha uma manifestação de protesto contra os cortes nos apoios aos colégios privados. Costa ainda cumpriu o protocolo, desterrou as placas comemorativas e, indiferente às vaias, discursou durante cerca de dez minutos.
Sobre a polémica em torno dos apoios aos estabelecimentos de ensino privado, o primeiro-ministro não deu sinais de cedências, mas disse-se disponível para corrigir eventuais erros na lista dos colégios que perderam os apoios estatais. No entanto, as mudanças - entre outras a abertura de 273 novas turmas de 5º, 7º e 10º anos em escolas públicas - são mesmo para manter. "Talvez alguém os tenha iludido na convicção de que os contratos de associação deixaram de ser excepção para passar a ser regra, mas não é isso que está nos contratos, não é isso que está na lei, não é isso que está no nosso programa de Governo", disse aos jornalistas, no final da visita ao Museu Abade Pedrosa.
"A escola pública assegura a igualdade de oportunidades a todos e dá a todos a liberdade de, independentemente da sua condição socioeconómica e do local de residência, poder ter direito à melhor educação possível. E a ambição que todos temos que ter é que em cada uma das escolas públicas portuguesas tenhamos a melhor oferta educativa que é possível encontrar em Portugal", defendeu António Costa que não deixou de lembrar que "a lei diz de forma clara que [os contratos de associação] só são utilizados quando a rede pública é insuficiente".
Com a polémica sem dar sinais de aligeirar, o primeiro-ministro defendeu que nada o move contra o ensino particular, mas defendeu que já está preparada a forma de proteger os alunos inscritos em escolas que deixarão de contar com o apoio estatal - poderão ficar no mesmo estabelecimento, mas com "contrato simples, que apoia em função da capitação (rendimentos) da família".
Costa disponível para corrigir erros na lista de colégios
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