Sábado – Pense por si

Coronavírus: Máscaras ainda são raras no parlamento, mas estão a aumentar

16 de abril de 2020 às 15:47
As mais lidas

Quase todos os deputados entravam na sala a esfregar as mãos para espalhar o gel desinfetante colocado em todas as entradas do plenário e em muitos outros pontos da Assembleia.

As máscaras de proteção individual são ainda usadas por uma minoria de deputados ou funcionários na Assembleia da República, mas aumentaram em relação à semana passada, quando se contavam pelos dedos de uma mão.

Hoje, no plenário eram cerca de uma dezena os deputados com máscara - entre os perto de 80 que estavam na sala no início da sessão plenária, pelas 15:00 -, vários usavam luvas e apenas um entrou de viseira.

Quase todos os deputados entravam na sala a esfregar as mãos para espalhar o gel desinfetante colocado em todas as entradas do plenário e em muitos outros pontos da Assembleia da República.

Também nos corredores, alguns assessores e funcionários optaram hoje por usar máscaras e, na entrada, foi colocado um separador de acrílico para que quem tem de se identificar não contacte diretamente com o encarregado de distribuir acreditações.

Atualmente, a Assembleia da República pode funcionar apenas com um quinto dos deputados (46 parlamentares) mas, em dias de votações como o de hoje, terá de ter pelo menos 116 deputados registados, que podem fazê-lo até uma hora antes das votações, registando-se e saindo.

A Direção-Geral da Saúde (DGS) admitiu, numa norma publicada na segunda-feira, o uso de máscaras por todas as pessoas que permaneçam em espaços interiores fechados com várias pessoas - como transportes públicos, supermercados e outras lojas - como medida de proteção adicional ao distanciamento social, à higiene das mãos e à etiqueta respiratória.

Por enquanto, quem deve usar máscara cirúrgica são as pessoas com mais de 65 anos, com doenças crónicas e estados de imunossupressão, sempre que saiam de casa, além de todos os profissionais de saúde, pessoas com sintomas respiratórios ou quem entre e circule em instituições de saúde.

Outros grupos profissionais, como forças de segurança e militares, bombeiros, distribuidores de bens essenciais ao domicílio, trabalhadores nas instituições de solidariedade social, lares e rede de cuidados continuados integrados, agentes funerários e profissionais que façam atendimento ao público, onde não esteja garantido o distanciamento social, devem também usar máscara.

A nível global, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 137 mil mortos e infetou mais de dois milhões de pessoas em 193 países e territórios. Mais de 450 mil doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 629 pessoas das 18.841 registadas como infetadas.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!

Sinais do tempo na Justiça

A maioria dos magistrados não dispõe de apoio psicológico adequado, o que resulta em inúmeros casos de burnout. Se esta estratégia persistir, a magistratura especializada comprometerá a qualidade do trabalho, sobretudo na área da violência doméstica.

Hipocrisia

Agora, com os restos de Idan Shtivi, declarado oficialmente morto, o gabinete do ministro Paulo Rangel solidariza-se com o sofrimento do seu pai e da sua mãe, irmãos e tias, e tios. Família. Antes, enquanto nas mãos sangrentas, nem sequer um pio governamental Idan Shtivi mereceu.

Urbanista

Insustentável silêncio

Na Europa, a cobertura mediática tende a diluir a emergência climática em notícias episódicas: uma onda de calor aqui, uma cheia ali, registando factos imediatos, sem aprofundar as causas, ou apresentar soluções.