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Como o Face Oculta chegou a José Sócrates

Fernando Esteves
Fernando Esteves 06 de abril de 2017 às 19:56

Armando Vara foi condenado por três crimes de tráfico de influências. Mas a passagem mais polémica do processo Face Oculta não respeita ao sucateiro Manuel Godinho: tem a ver com ... José Sócrates

Junho de 2009. Teófilo Santiago, director da Polícia Judiciária (PJ) de Aveiro, estava a investigar uma rede alargada de corrupção e tráfico de influências com epicentro no distrito, tendo como protagonista um industrial de sucata, Manuel Godinho. Em causa estavam alegados subornos do empresário a políticos e gestores para ser favorecido em concursos públicos. Entre os suspeitos contavam-se figuras conhecidas, quase todas ligadas ao PS e quase todas, naquele momento, sob escuta telefónica. Duas delas, o gestor Armando Vara e o jovem e ambicioso advogado Paulo Penedos, consultor jurídico da Portugal Telecom (PT), viriam a revelar-se especialmente produtivas para a investigação.

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