Protestos dos "coletes amarelos" em Portugal foram convocados por vários grupos através das redes sociais, com inspiração nos movimentos contestatários em França.
Os protestos convocados para hoje pelo movimento "coletes amarelos" em Portugal nas principais cidades do país levaram a PSP e a GNR a reforçar o dispositivo de segurança, sobretudo nas entradas de Lisboa e Porto.
Os protestos dos "coletes amarelos" em Portugal foram convocados por vários grupos através das redes sociais, com inspiração nos movimentos contestatários das últimas semanas em França.
Um dos grupos, Movimento Coletes Amarelos Portugal, num manifesto divulgado na quarta-feira, propõe uma redução de impostos na eletricidade, com incidência nas taxas de audiovisual e emissão de dióxido de carbono, uma diminuição do IVA e do IRC para as micro e pequenas empresas, bem como o fim do imposto sobre produtos petrolíferos e redução para metade do IVA sobre combustíveis.
O plano dos protestos envolve acções, logo a partir das 7h00, nas pontes 25 de Abril e Vasco da Gama, em Lisboa, nas portagens de acesso à capital, como as portagens de Alverca, na A1, e de Loures, na A8, e ainda um desfile à tarde entre o Marquês de Pombal e o parlamento e uma concentração junto da Presidência da República, em Belém.
No Porto, estão previstas acções, também a partir das 7h00, na Via de Cintura Interna, no Nó de Francos e na avenida AIP.
A lista das manifestações dos "coletes amarelos" na área da PSP para hoje soma 25 protestos em 17 locais das principais cidades do país.
Além de Lisboa e Porto, estão previstas acções em Ponta Delgada, Açores, na rotunda do Infante, na Madeira, e em locais centrais ou de ligação nas cidades de Aveiro, Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Leiria, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo e Viseu.
Os aeroportos portugueses terão zonas de exclusão com cerca de seis quilómetros de raio que impedem a navegação de qualquer aparelho não autorizado, incluindo 'drones'.
Segundo a Autoridade Aeronáutica Nacional, foram criadas zonas de exclusão aérea nos aeroportos de Lisboa, Porto e Faro com três milhas náuticas de raio, que estarão em vigor entre as 6h00 e as 18h00 de hoje.
Tanto a PSP como a GNR disseram à agência Lusa que estiveram nas últimas semanas a recolher informações no terreno e através das redes sociais para evitar tumultos ou actos de violência, como aconteceu nas manifestações em França.
A PSP afirmou que tudo fará para garantir a segurança, ordem e tranquilidade pública, tendo na semana passada mandado suspender as folgas dos seus agentes previstas para hoje, ao mesmo tempo que aconselha os cidadãos a privilegiar os transportes públicos, a verificar as acessibilidades das vias que pretendem usar e pedir a colaboração das autoridades, usando o 112 se necessário.
A Guarda Nacional Republicana (GNR) vai, por sua vez, desenvolver "acções de patrulhamento intensivo de grande visibilidade" e reforçar as operações na A1 junto à portagem de Alverca, na A2 acesso à Ponte 25 de Abril, na A8 portagem de Loures, na A12 Ponte Vasco da Gama, na A1 Ponte da Arrábida, no Porto, na A28/A3/A4 nos acessos à cidade do Porto, na A3/A11 nos acessos à cidade de Braga e na A25/A17 nos acessos à cidade de Aveiro.
O primeiro-ministro, António Costa, e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já se pronunciaram sobre os protestos, esperando que sejam pacíficos.
O Movimento Coletes Amarelos em Portugal, que se intitula como "pacífico e apartidário", assegurou que não tolerará qualquer ato de violência ou vandalismo.
Os apelos para os protestos começaram a ser feitos por cidadãos anónimos da zona Oeste do país nas redes sociais, principalmente no Facebook, há cerca de três semanas.
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