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Christine Ourmières-Widener: "Sou um bode expiatório numa batalha política"

SÁBADO , Lusa 04 de abril de 2023 às 18:23
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Presidente cessante da TAP considera não ter existido "justa causa" na sua demissão.

A presidente cessante da TAP, Christine Ourmières-Widener, está a ser esta tarde ouvida emsede de comissão parlamentar de inquéritona sequência da sua exoneração depois da polémica com o pagamento de uma indeminização à ex-administradora Alexandra Reis.

ANTÓNIO COTRIM/LUSA

A CEO começou por explicar que o despedimento não teve "motivações pessoais", tendo sido antes o resultado de uma série de "divergências" na aplicação da estratégia e do plano de reestruturação da empresa.

Christine Ourmières-Widener esclareceu ainda que recebeu uma mensagem de Hugo Mendes, a 02 de fevereiro de 2022, a informar que Pedro Nuno Santos autorizava a indemnização a Alexandra Reis e a pedir que fechasse o acordo.

A ainda presidente executiva da companhia aérea sublinhou que "não tomou nenhuma decisão relevante" no processo de saída da ex-administradora Alexandra Reis, com uma indemnização de cerca de 500.000 euros, e que atuou como um intermediário entre o Governo e os advogados.

"Eu não sabia que não havia coordenação entre o Ministério das Infraestruturas e Habitação e o Ministério das Finanças, tão pouco sabia que o Ministério das Infraestruturas não tinha poder para aprovar este acordo, bem como não sabia que havia um risco legal, naquela altura", acrescentou Ourmières-Widener.

A presidente executiva da TAP considera ser "um mero bode expiatório" e acusou o Governo de fazer um despedimento "ilegal, por dois ministro e pela televisão", sem respeito por uma executiva sénior.

(em atualização)

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