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O que Ventura vai fazer com um milhão de votos

Alexandre R. Malhado
Alexandre R. Malhado 13 de março de 2024 às 23:00

André Ventura pondera avançar para uma comissão de inquérito aos negócios do lítio e hidrogénio, exige ser ouvido na formação do governo da AD e quer ficar com a sala ocupada pelo PCP ou pela IL no parlamento. A Luís Montenegro já enviou uma SMS: “Temos a chave para uma solução estável para o País.”

No dia 11 de março, André Ventura acordou com centenas de notificações no telemóvel. Eram perto das 10h e, ainda deitado na cama do seu quarto de hotel no Marriott, onde o Chega acompanhou a noite eleitoral da véspera, começou a percorrer essas mesmas notificações. Entre as chamadas não atendidas e as mensagens recebidas, estavam vários WhatsApp de parabéns enviados pelo ex-Presidente brasileiro Jair Bolsonaro e pelo seu filho Eduardo. Afinal, o Chega tinha obtido um resultado eleitoral de 18,06%, equivalente a mais de um milhão e cem mil votos, e passou a ter o poder de permitir à Aliança Democrática (AD) governar em minoria (ou não). Problema: o que Ventura quer Luís Montenegro não dá. Concretamente, lugares no Executivo e um governo de coligação, em maioria. “Não é não”, repetiu o presidente dos social-democratas na noite das eleições.

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