Partido quer perceber qual a razão do atraso na ativação do Mecanismo Europeu de Proteção Civil.
O Chega pediu esta segunda-feira um debate de urgência no parlamento sobre a coordenação do combate aos incêndios com a presença do chefe do Governo, Luís Montenegro, e da ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, anunciou o líder do partido.
RUI MINDERICO/LUSA
“O Chega pediu hoje uma reunião de urgência do plenário, é algo, enfim um pouco fora do habitual neste período, mas o Chega entende que se justifica, para que o senhor primeiro-ministro e a ministra da Administração Interna possam ir ao parlamento explicar porque geriram tão mal esta crise, porque é que o mecanismo europeu de proteção civil só foi ativado naquele momento e não foi antes”, disse André Ventura no Cadaval.
O pedido do Chega surge depois de o presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco, ter recusado uma proposta idêntica do deputado único do JPP, alegando que só os grupos parlamentares podem requerer este tipo de discussões.
No requerimento enviado esta segunda-feira ao presidente da Assembleia da República, o Chega pede a marcação de uma sessão plenária ou, em alternativa, uma reunião extraordinária da comissão permanente, o órgão que substitui o plenário em tempo de férias parlamentares.
Para o Chega, é preciso “fazer o escrutínio da atividade do Governo, mas também que as populações tenham resposta para as várias questões que se têm colocado e que o Governo não tem dado resposta, nomeadamente qual a razão do atraso na ativação do Mecanismo Europeu de Proteção Civil”, lê-se no requerimento.
Por outro lado, André Ventura insistiu hoje na necessidade da demissão da ministra da Administração Interna, alegando que tem sido “um desastre” e incompetente a coordenar a Proteção Civil no combate aos incêndios.
“Infelizmente, estamos num contexto desfavorável em que estamos a perder a guerra, meios, a causar sofrimentos e dor e o que eu espero é que o primeiro-ministro consiga substituir a tempo uma ministra que está a ser um verdadeiro desastre no combate aos fogos e, sobretudo, que mostra uma falta de empatia com as pessoas”, afirmou André Ventura no Cadaval.
O líder do Chega, que também acusou a governante de “pura incompetência” na coordenação dos incêndios, fez questão de separar a avaliação política da ministra da consideração pessoal que tem Maria Lúcia Amaral, de quem foi aluno na universidade.
“Esta senhora ministra da Administração Interna não tem nenhuma capacidade de continuar, e a cada dia que passa que estiver à frente do combate aos incêndios é um dia que passa que nós perdemos o combate aos incêndios”, argumentou.
.Ainda no Cadaval, à margem da entrega das listas do partido às eleições autárquicas neste concelho, Ventura recordou que Luís Montenegro “criticou o governo da António Costa por não ter mais meios aéreos e por não assumir responsabilidade” e, dois anos depois, “continuamos sem meios aéreos e sem assumir responsabilidade”, concluindo que “nada mudou” e “Luís Montenegro é igual a António Costa”.
Do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que “foi ativo noutros casos parecidos”, o líder do Chega espera “que volte a ter a mesma palavra”, defendendo que “não pode ter uma palavra diferente quando é um governo do PS ou quando é um governo do PSD”.
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O Estado português falha. Os sucessivos governos do país, falham (ainda) mais, numa constante abstração e desnorte, alicerçados em estratégias de efeito superficial, improvisando sem planear.
A chave ainda funcionava perfeitamente. Entraram na cozinha onde tinham tomado milhares de pequenos-almoços, onde tinham discutido problemas dos filhos, onde tinham planeado férias que já pareciam de outras vidas.