O deputado único do Chega propôs a devolução da deputada do Livre ao seu país de origem, o que levou o PS a anunciar um voto de condenação formal por "xenofobia" a André Ventura.
O CDS-PP afirmou hoje não se rever nas declarações de André Ventura sobre a deputada doLivre, assegurando que estará sempre "ao lado da dignidade do parlamento", mas sem adiantar a posição quanto ao voto de condenação do PS.
Na terça-feira, e depois de ser público que Joacine Katar Moreira apresentou uma proposta para a devolução de património existente nos museus portugueses aos países de origem nas antigas colónias de Portugal, o deputado único do Chega propôs a devolução desta deputada do Livre ao seu país de origem, o que levou o PS a anunciar hoje um voto de condenação formal por "xenofobia" a André Ventura.
Questionado pela Lusa, o primeiro vice-presidente do CDS-PP, Filipe Lobo d'Ávila, escusou-se a adiantar qual o sentido de voto do partido em relação a esta iniciativa do PS e preferiu chamar a atenção para uma proposta dos democratas-cristãos relativa aos "espoliados dos antigos territórios ultramarinos".
"A questão do voto colocar-se-á no momento em que for votado, não conheço os termos do texto", afirmou Lobo d' Ávila, que aceitou integrar a direção de Francisco Rodrigues dos Santos, eleita no domingo no Congresso do CDS-PP, depois de ter levado a votos uma moção concorrente à do novo líder, que ficou em terceiro lugar com 15% dos votos.
Dizendo não lhe competir "qualificar as declarações de André Ventura", o dirigente do CDS-PP afirmou, contudo, que o partido "não se revê nem concorda" com este tipo afirmações.
"É evidente que não nos revemos nas declarações proferidas, somos daqueles que defendemos que o debate parlamentar é um debate institucional, respeitoso, é um debate de diferenças. O CDS-PP estará sempre ao lado da dignidade do parlamento", assegurou.
Filipe Lobo d´ Ávila defendeu que, mais do que "se enredar num debate parlamentar que não acrescenta nada para fora", o CDS-PP quer "encontrar mecanismos que permitam encontrar soluções para os problemas das pessoas".
Nesse sentido, o dirigente democrata-cristão chamou a atenção para uma proposta do partido de alteração ao Orçamento do Estado para 2020 para "ir ao encontro dos problemas de muitos portugueses que tiveram de abandonar as suas casas nos diferentes países de língua portuguesa" no âmbito do processo de descolonização e que ainda "não tiveram qualquer resposta por parte do Estado português".
"A nossa proposta visa recuperar um despacho de 2005, que previa a constituição de um grupo de trabalho que encontrasse soluções concretas para estes portugueses. Este grupo nunca foi constituído, o que é lamentável", detalhou.
Questionado sobre o comunicado do partido Livre, emitido na terça-feira, que repudiou as declarações do líder do Chega mas também as do novo presidente do CDS-PP sobre a sua deputada, alegando que recorreram a "ataques de caráter" e de "índole racista", Lobo d' Ávila considerou estas críticas "completamente descabidas".
"As declarações foram feitas numa referência aos desentendimentos que são conhecidos e públicos entre a deputada e a direção do Livre, nós no CDS não temos nem queremos ter esses desentendimentos. Qualquer outra conotação que se queira retirar é infundada e despropositada", considerou.
Na terça-feira, à saída de uma audiência com o Presidente da República, Francisco Rodrigues dos Santos afirmou que "no CDS não existem Joacine, existe um grupo de pessoas que partilham dos mesmos valores, estão sintonizados na mensagem que querem passar para o país".
CDS "não se revê" em declarações de Ventura e diz que estará "sempre ao lado da dignidade" da AR
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
E essa gente está carregada de ódio, rancor e desejos de vingança, e não esquecem nem perdoam o medo e a humilhação que aqueles seus familiares (e, em alguns casos, eles próprios, apesar de serem, nessa altura, ainda muito jovens).
A evolução das políticas públicas de energia e ambiente, desde a década de 70, tem sido positiva, especialmente no domínio da agenda e formulação de políticas, atravessando governos diversos, embora muito por efeito da nossa integração europeia.
Cenas de mau-gosto como equiparar fascismo e comunismo, sistemas ditatoriais aspirando a dominação totalitária, «não se faziam em jantares de esquerda»
Importa recordar que os impostos são essenciais ao funcionamento do Estado e à prossecução do interesse público, constituindo o pilar do financiamento dos serviços públicos, da justiça social e da coesão nacional.