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Agustina Bessa-Luís nasceu em 15 de outubro de 1922, em Vila Meã, Amarante, e encontrava-se afastada da vida pública, por razões de saúde, há quase duas décadas.
O antigo Presidente da República Cavaco Silva lembrou esta segunda-feira Agustina Bessa-Luís como uma "escritora imensa" que marcou toda a literatura portuguesa do século XX, sublinhando a enorme admiração que sempre teve por "essa mulher desassombrada".
"A morte de Agustina Bessa-Luís enche-nos, à minha mulher e a mim, de uma profunda tristeza. Agustina é uma presença constante ao longo das nossas vidas", lê-se numa mensagem de Aníbal Cavaco Silva enviada à agência Lusa, a propósito da morte de Agustina Bessa-Luís, hoje, aos 96 anos.
Na nota, o antigo chefe de Estado lembra que teve o privilégio de conhecer a escritora e de ter "o seu apoio empenhado" quando se candidatou a primeiro-ministro e à Presidência da República, e salienta a "enorme admiração" que sempre teve "por essa mulher desassombrada, que sempre dizia e fazia o que queria e que compreendia muito bem Portugal".
"É uma escritora imensa, que marca toda a nossa literatura do século XX. Sem Agustina a literatura portuguesa contemporânea seria, sem dúvida, muito mais pobre. Guardo um enorme sentimento de gratidão, pela amizade, pela confiança, mas, sobretudo, pelos seus livros", refere ainda Cavaco Silva.
Contudo, acrescenta, "não fica um vazio, porque as obras magníficas de Agustina são um legado presente e vivo na literatura portuguesa".
O nome deAgustina Bessa-Luíssaltou para a ribalta literária em 1954, com a publicação do romance "A Sibila", que lhe valeu os prémios Delfim Guimarães e Eça de Queiroz, que constam de uma lista de galardões que inclui igualmente o Grande Prémio de Romance e Novela, da Associação Portuguesa de Escritores, em 1983, pela obra "Os Meninos de Ouro", e que voltou a receber em 2001, com "O Princípio da Incerteza I - Joia de Família".
A escritora foi distinguida pela totalidade da sua obra com o Prémio Adelaide Ristori, do Centro Cultural Italiano de Roma, em 1975, e com o Prémio Eduardo Lourenço, em 2015.
Sobre Agustina, o ensaísta Eduardo Lourenço, em declarações à Lusa, no final da cerimónia da entrega deste prémio à autora, há pouco mais de três anos, disse que a sua obra é "incomparável". É a "grande senhora das letras portuguesas".
Agustina recebeu ainda os Prémios Camões e Vergílio Ferreira, ambos em 2004.
Foi condecorada como Grande Oficial da Ordem de Sant'Iago da Espada, de Portugal, em 1981, elevada a Grã-Cruz em 2006, e o grau de Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras, de França, em 1989, tendo recebido a Medalha de Honra da Cidade do Porto, em 1988.
O funeral da escritora sai na terça-feira da Sé Catedral do Porto para uma cerimónia privada no cemitério do Peso da Régua, Vila Real, revelou hoje o Círculo Literário Agustina Bessa-Luís.
Cavaco Silva recorda "a escritora imensa" que era Agustina Bessa-Luís
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