Emails enviados por Miguel Alves, apreendidos na Operação Teia, mostram apropriação política e pessoal da máquina montada por Manuela Couto.
Pelas 9h30 de dia 5 de abril de 2017, chega um email à caixa de correio da empresa de comunicação Mediana. Era de uma autarquia cliente: o então presidente de câmara de Caminha, Miguel Alves, a quem tinham colocado a comentar na RTP 2 desde que era autarca há quatro anos. “A RTP 2 deixou de me contactar para ir ao Jornal 2. Não preciso de ir mas gostava de saber se houve algum problema ou se cometi algum erro, só isso. Continuo a ver entrevistas a presidentes de câmara e/ou presidentes de federação do PS no Norte sem motivo aparente (no Jornal de Notícias, normalmente) e continuo a perguntar se é possível fazer alguma coisa semelhante”, lia-se no email a que a SÁBADO teve acesso, uma das centenas de comunicações apreendidas no âmbito de um processo extraído da Operação Teia contra o ex-autarca e ex-secretário de Estado Adjunto de António Costa. Através daquela agência de comunicação de Manuela Couto, mulher de Joaquim Couto, histórico autarca socialista de Santo Tirso, Miguel Alves pagou serviços de autopromoção com dinheiros públicos e “sem qualquer procedimento de contratação pública”, segundo acusou o Ministério Público em novembro de 2022. O julgamento está marcado para este mês e o ex-autarca de Caminha está acusado de um crime de prevaricação.
Caminha: A autopromoção de Miguel Alves com dinheiro público
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