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Bloco quer saber se GNR que agrediram formandos foram suspensos

O Bloco de Esquerda questionou o Ministério da Administração Interna sobre a suspensão ou manutenção no activo dos formadores que terão agredido 10 formandos de um curso.

O Bloco de Esquerda (BE) questionou hoje o Ministério da Administração Interna sobre a suspensão ou manutenção no activo dosformadores da GNR que terão agredido 10 formandos de um curso de uso de bastão extensível.

Considerando que as notícias são "de uma gravidade extrema", o grupo parlamentar do BE enviou hoje várias questões ao ministério de Eduardo Cabrita, para saber que "medidas concretas" foram tomadas para apurar o sucedido.

Em causa estão notícias de que dez formandos do 40.º curso do Centro de Formação da GNR, em Portalegre, terão sofrido graves lesões e traumatismos durante o módulo "curso de bastão extensível", que obrigaram em alguns casos a internamento hospitalar e a intervenções cirúrgicas.

Entre as questões apresentadas pelo Bloco, conta-se ainda saber se os formadores foram suspensos e se os formandos agredidos poderão ser prejudicados.

O BE pergunta ainda se o Ministério da Administração Interna está a ponderar encontrar uma nova forma de seleccionar os formadores.

Referindo que "a formação de forças de segurança, seja ela qual for, não pode ser um laboratório de agressões e de humilhações por parte de quem tem a responsabilidade de formar profissionais que, no futuro, garantirão a segurança de pessoas e bens", o partido lembra que as agressões atingiram cidadãos.

A Guarda Nacional Republicana confirmou à Lusa a ocorrência numa acção de formação de dez formandos, tendo determinado um processo de averiguações, que ainda não está concluído.

No domingo, o Ministério da Administração Interna ordenou à Inspecção Geral da Administração Interna a abertura de um inquérito sobre o alegado espancamento,medida que o Ministério Público secundou hoje.

Segundo o MAI, este inquérito visa o "apuramento dos factos e determinação de responsabilidade" sobre o caso, que a confirmarem-se "não são toleráveis numa força de segurança num Estado de Direito democrático".

O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, pediu também esclarecimentos ao Comando-geral da GNR sobre os factos.

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