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Bloco leva degradação dos transportes públicos ao debate quinzenal

O ministro do Ambiente e Transição Energética, José Matos Fernandes nega e diz que "não há caos coisíssima nenhuma".

O BE leva na quinta-feira ao debate quinzenal noparlamentoa degradação dos transportes públicos, numa altura em que todos os partidos exigem uma maior oferta de serviços, mas o ministro da tutela nega o "caos" no setor.

"Não é por dizer que há o caos que há o caos. Não há caos coisíssima nenhuma", frisou, na quarta-feira, no plenário da Assembleia da República, o ministro do Ambiente e Transição Energética,José Matos Fernandes, depois de o deputado único do PAN, André Silva, ter descrito "um quadro de pleno caos" no Metropolitano de Lisboa.

Em relação aos problemas noticiados nas ligações fluviais entre Barreiro e Lisboa, o ministro do Ambiente também referiu que, "assim que acabou a greve [de mestres das embarcações], deixou de haver qualquer problema nos transportes", acrescentando que a empresa "tem um navio de folga e não navios a menos".

Também na quarta-feira, a Comissão Europeia recomendou a Portugal um aumento dos investimentos nas áreas dos transportes e da inovação, nomeadamente para resolver as "insuficientes ligações marítimas e ferroviárias" e as "disparidades regionais".

Os bloquistas, que serão os primeiros a intervir no debate quinzenal com o primeiro-ministro, vão também pôr em cima da mesa as políticas da saúde e sociais, quando se debate uma nova Lei de Bases da Saúde, que está a ser votada em sede de grupo de trabalho na Assembleia da República, tendo a votação de artigos polémicos, como as parcerias público-privadas (PPP), sido adiada para 11 de junho.

O PS quer que a nova lei expresse que a gestão dos estabelecimentos de saúde é pública, "podendo ser supletiva e temporariamente assegurada por contrato com entidades privadas ou do setor social", uma solução que os partidos à esquerda rejeitam, não querendo a referência a entidades privadas na gestão da saúde.

Na passada semana, Carlos César, líder parlamentar socialista, considerou que a nova Lei de Bases da Saúde pode ser aprovada por todas as bancadas, "talvez com a exceção do CDS-PP", e invocou as "responsabilidades históricas" do PSD no plano político.

Já o PSD, afirmou na sexta-feira estar disponível para incluir "sugestões do PS" no seu projeto de alteração da Lei de Bases da Saúde, desafiando os socialistas a contribuírem para o que classificou de proposta "equilibrada, moderada e inclusiva".

Já esta segunda-feira, e na abertura das jornadas parlamentares, o CDS-PP prometeu opor-se à Lei de Bases da Saúde, recusando um diploma feito "de véspera e em vésperas de eleições" apenas para "servir os interesses eleitorais da esquerda e da extrema-esquerda.

Para o debate quinzenal com o primeiro-ministro, o PS irá ainda levar à discussão "questões económicas e sociais", enquanto o PAN indicou que irá falar sobre "direitos das crianças".

O PEV indicou como temas "questões ambientais, sociais e económicas".

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