A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) manifestou preocupação com o impacto económico do encerramento antecipado, referindo, no entanto, compreender a decisão.
A obrigatoriedade de fecho de cerca de 60 estabelecimentos de Lisboa, junto ao Marquês de Pombal e Parque Eduardo VII, prevista para sábado à tarde, fica sem efeito após o jogo Benfica-Sporting, caso não haja campeão nacional de futebol.
Paulo Calado/ Medialivre
A Câmara de Lisboa, através de um despacho municipal, determinou que perto de 60 restaurantes, cafés e supermercados na zona do Marquês de Pombal e do Parque Eduardo VII, têm de encerrar às 17:00 no sábado, devido aos possíveis festejos do campeão da liga principal de futebol.
A decisão foi justificada "por questões de segurança" e após pedido da Polícia de Segurança Pública (PSP), no âmbito da possibilidade de o título português de futebol ser atribuído já no sábado, no dérbi lisboeta entre Benfica e Sporting, que tem início às 18:00 no Estádio da Luz.
Após este primeiro despacho, a autarquia veio fazer um aditamento, também datado de quarta-feira, tendo em conta terem "surgido dúvidas quanto à imperatividade de cumprimento" da medida caso não seja encontrado o campeão nacional de futebol.
Assim, no aditamento, a CML esclarece que o despacho municipal "cessa os seus efeitos no final do jogo de dia 10/05/2025, caso não seja apurado, nessa data, o campeão nacional de futebol".
No documento inicial, com a data de quarta-feira e enviado à Lusa pela Câmara Municipal de Lisboa (CML), é referida "a solicitação do Comando Metropolitano de Lisboa da Polícia de Segurança Pública [...] no sentido de restringir o horário de funcionamento de diversos estabelecimentos comerciais", em mais de uma dezena de artérias da capital.
A Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) manifestou preocupação com o impacto económico do encerramento antecipado, referindo, no entanto, compreender a decisão.
"Embora compreendamos a necessidade de garantir a ordem pública, não podemos deixar de assinalar o impacto económico que esta medida acarreta, sobretudo para negócios que dependem da afluência de público em dias de grande movimentação", afirmou a AHRESP, em resposta à agência Lusa.
Habitualmente, para celebrar a conquista do campeonato, os adeptos de ambos os clubes concentram-se na rotunda do Marquês de Pombal e nos arredores.
Em conferência de imprensa realizada na antevéspera do jogo, a PSP anunciou um "policiamento dinâmico" para o dérbi deste sábado, da 33.ª jornada da I Liga, que poderá decidir o campeão nacional de futebol de 2024/25.
"O que está previsto é um policiamento dinâmico, em função da avaliação de riscos que será feita no final do jogo e, conforme, adotaremos ou um policiamento orientado para o Estádio da Luz ou um policiamento orientado para o Estádio José Alvalade", anunciou o superintendente Manuel Gonçalves.
O responsável adiantou também que, no contexto da equipa do Sporting se sagrar vencedora e sair para os festejos do seu estádio, "haverá constrangimentos de trânsito, que serão temporários em alguns locais".
Ao seu lado, o superintendente-chefe Luís Elias reconheceu que, apesar de a avaliação de risco ser a mesma relativamente a anteriores clássicos, a operação a montar será mais complexa.
Segundo Luís Elias é necessário concentrar, em simultâneo, atenções em dois estádios separados por poucos quilómetros e ainda na praça do Marquês de Pombal, onde poderá existir uma concentração muito grande de público caso Sporting ou Benfica conquistem o título nacional e até eventual cruzamento de adeptos rivais em função do resultado da partida poder vir a ser equilibrado e até ditar um desfecho do campeonato nos minutos finais.
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