A "extrema-direita está a crescer", afirmou a coordenadora do BE, considerando que "há um processo de radicalização de jovens" na sociedade portuguesa.
O Bloco de Esquerda vai chamar a ministra da Administração Interna e o diretor da Polícia Judiciária ao parlamento para dar explicações sobre a presença de grupos de extrema-direita em Portugal, anunciou hoje Mariana Mortágua.
Mariana Mortágua
Numa declaração nos passos perdidos, no parlamento, a coordenadora e deputada única do Bloco de Esquerda (BE) criticou o primeiro-ministro, Luís Montenegro, e o presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Carlos Moedas (PSD), pela "sistemática desvalorização das ameaças à segurança vindas por parte de grupos de extrema-direita", alguns dos quais "classificados como grupos terroristas internacionalmente".
A bloquista voltou a lamentar o facto de ter sido retirado um capítulo da versão final do Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2024 que dava conta da presença de um grupo de extrema-direita em Portugal e manifestou-se preocupada com o desmantelamento de uma milícia armada de extrema-direita feito pela PJ, que incluía um chefe da PSP que estava em comissão de serviço na Polícia Municipal de Lisboa.
A "extrema-direita está a crescer", afirmou a coordenadora do BE, sublinhando que "esta ameaça à segurança interna tem de ser levada a sério", e considerando que "há um processo de radicalização de jovens" na sociedade portuguesa.
Nesse sentido, uma das "primeiras medidas" do BE, em sede de comissão parlamentar será chamar o diretor da PJ, Luís Neves, e a ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, ao parlamento para explicarem "o que é que se passa com os grupos de extrema-direita em Portugal", o que é que aconteceu com o relatório do RASI e da segurança interna e para que possam fazer o confronto entre aquilo que foi escrito no RASI face às ameaças da extrema-direita", indicou.
"Este assunto é demasiado importante para ser ignorado", acrescentou
A conferência de líderes já tinha aprovado o pedido do BE para discutir o RASI 2024 com a presença do Governo. Questionada sobre se o pedido de audição da ministra da Administração Interna poderia ser uma repetição, Mariana Mortágua referiu que a vinda de Maria Lúcia Amaral "tem a ver com o futuro e como é que é possível combater a presença destes grupos armados" e à luz da "informação de que há uma infiltração destes grupos de extrema-direita, considerados terroristas dentro das forças de segurança e que usam as forças de segurança como um espaço de recrutamento", rematou.
BE vai chamar MAI e diretor da PJ ao parlamento sobre grupos de extrema-direita
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