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BE diz que vandalização de estátua visou descredibilizar movimento anti-racista

12 de junho de 2020 às 17:42
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"Não faço a mínima ideia de quem é que achou boa ideia fazer uma pichagem na estátua. Quem o fez, tenta descredibilizar o movimento anti-racista", disse Catarina Martins.

A coordenadora do Bloco de Esquerda afirmou hoje que a "pichagem" da estátua do padre António Vieira, em Lisboa, foi uma tentativa de "descredibilizar" o movimento anti-racista que saiu à rua no seguimento a morte do norte-americano George Floyd.

"Não faço a mínima ideia de quem é que achou boa ideia fazer uma pichagem na estátua. Quem o fez, tenta descredibilizar o movimento anti-racista, porque essa seria sempre a pior forma de lançar o debate", apontou Catarina Martins.

Falando em Braga, à margem de uma reunião com a Comissão de Trabalhadores da Bosch, Catarina Martins sublinhou a importância do "grande combate anti-racista" que considera ser necessário fazer para garantir direitos iguais para todos.

"O Bloco de Esquerda revê-se, isso sim, nos milhares de jovens que saíram à rua pelos direitos humanos, para combater o racismo, pelos milhões que em todo o mundo querem que as pessoas sejam respeitadas, querem direitos humanos iguais. Esse é o grande combate anti-racista e este tipo de atos e discussões tenta descredibilizar esse movimento, que é um movimento muito sério, muito necessário, pela igualdade e pela dignidade", disse ainda Catarina Martins.

Instalada no Largo Trindade Coelho, próximo da zona do Bairro Alto, a instalação da estatua do Padre António Vieira resultou de uma parceria entre a Câmara Municipal de Lisboa e a Santa Casa da Misericórdia, cuja sede se localiza naquele largo.

No seguimento da morte do norte-americano George Floyd e das manifestações que se lhe seguiram, vários monumentos têm sido vandalizados e derrubados em cidades dos Estados Unidos, mas também na Europa, por serem associados ao racismo e a períodos da escravatura por alguns movimentos.

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