Catarina Martins crítica processo de regionalização sem democracia, com a eleição das CCDR sem autarcas. Defende que as populações se devem pronunciar.
A coordenadora do BE afirmou este domingo que se estão a dar "passos errados" quando se propõe um processo deregionalizaçãosem democracia, com a eleição das CCDR sem autarcas e defendeu que as populações se devem pronunciar. "Nós somos muito críticos das posições que o primeiro-ministro e o Presidente da República têm tido. A regionalização está prevista na Constituição da República Portuguesa e está prevista como um processo democrático. E julgamos que estamos a fazer passos errados", afirmou Catarina Martins.
A coordenadora do BE, que falava em Castelo Branco, onde se deslocou para ouvir a população de Lentiscais sobre os problemas de seta que afetaram o rio Pônsul, um afluente do Tejo, disse que temos um país que tem demasiado centralismo e menos democracia. "Tivemos uma descentralização acordada entre PS e PSD, sem meios, ou seja, passam competências para as autarquias sem as autarquias terem os meios para assumirem da melhor forma essas competências. É um erro. E agora está-se a propor uma regionalização sem democracia, ou seja, uma eleição de CCDR sem autarcas, as populações, um pouco sem perceberem o que se passa, sempre afastadas", sublinhou.
Adiantou que foi criada uma comissão para acompanhar as questões da descentralização e propor um processo, comissão essa liderada pelo antigo ministro João Cravinho. "A proposta de João Cravinho que, não sendo exatamente a proposta que o BE defende, é uma proposta para um processo de regionalização democrático, ou seja, que as pessoas deste país se pronunciem sobre ele. O BE acha que esse é o processo que se deve seguir", concluiu.
BE afirma que se estão a dar "passos errados" sobre a regionalização
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O Estado português falha. Os sucessivos governos do país, falham (ainda) mais, numa constante abstração e desnorte, alicerçados em estratégias de efeito superficial, improvisando sem planear.
A chave ainda funcionava perfeitamente. Entraram na cozinha onde tinham tomado milhares de pequenos-almoços, onde tinham discutido problemas dos filhos, onde tinham planeado férias que já pareciam de outras vidas.