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Barracas e insegurança: reportagem no País que ninguém quer ver

André Rito
André Rito 24 de abril de 2019 às 06:57

Está gente aqui. Velhos e crianças. Na Grande Lisboa, mais de mil famílias vivem em condições desumanas. No Porto, o Bairro do Cerco continua a ser dos mais perigosos. E há outros onde é mais fácil comprar droga do que ter luz em casa.

Já começa a anoitecer quando Ricardina se cruza com o habitante mais antigo do Bairro da Torre, em Camarate. A luz foi novamente abaixo e os moradores preparam-se para mais uma noite às escuras. Aqui não há blocos de habitação social nem centros de dia ou jardins de infância: estamos num descampado tosco, ventoso e enlameado, em tempos um imenso bairro de lata. Ainda resistem 36 famílias em condições desumanas. São ao todo 118 pessoas, das quais 30 são crianças com menos de 14 anos.

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