O C295 e o P3 vão ajudar a detectar focos de incêndio e possível actividade criminosa de fogo posto à noite, através do sistema FITS, a sigla inglesa para Fully Integrated Tactical System, que também colabora com investigações da Polícia Judiciária
Os aviões da Força Aérea que reforçam os meios previstos pela calamidade pública decretada até segunda-feira estão equipados com câmaras que detectam calor e são usados em patrulhamentos de combate à imigração ilegal ou tráfico de droga. Um avião C295 aterrou este sábado em Vila Real para patrulhar a região norte até segunda-feira e um avião P3 seguiu para o Algarve, com o objectivo de detectar focos de incêndio e possível actividade criminosa de fogo posto à noite.
"Conseguimos detectar movimentos humanos e de animais à noite, até silhuetas, e pequenos reacendimentos", explicou ao primeiro-ministro, António Costa, o tenente Marco Silva, a bordo de um C295 que costuma estar ao serviço da Frontex, a Agência Europeia de Gestão da Cooperação Operacional nas Fronteiras Externas.
Este avião aterrou hoje em Vila Real para patrulhar a região norte até segunda-feira às 24h, quando termina o período decretado de calamidade pública com efeitos preventivos devido ao risco acrescido de incêndio, tendo seguido um avião P3 para o Algarve.
O C295 e o P3 vão ajudar a detectar focos de incêndio e possível actividade criminosa de fogo posto à noite, através do sistema FITS, a sigla inglesa para Fully Integrated Tactical System, que também colabora com investigações da Polícia Judiciária.
O tenente Marco Silva contou que, recentemente, esteve quase oito horas numa acção de vigilância a um barco suspeito de tráfico de droga, numa região costeira, tendo permanecido incógnito durante toda a operação, dada a altitude a que consegue actuar.
Demonstrando o nível de definição que as câmaras alcançam, os militares mostraram nos ecrãs não só focos de incêndio como, por exemplo, como é possível perseguir um carro em movimento, entre outros alvos.
Marco Silva esclarece que a nitidez não chega para identificar o rosto de uma pessoa, embora, quando se está a sobrevoar mar, como nas suas missões da Frontex, já tenha sido possível identificar o angariador das embarcações de migrantes.
À noite, os militares têm de ter o cuidado de despistar focos de calor que são somente a terra quente que ainda liberta calor, explicou o tenente Marco Silva.
O primeiro-ministro viajou no C295 para Vila Real para visitar o dispositivo de patrulhas da Marinha, Exército, GNR, PSP e Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, no âmbito da declaração da situação de calamidade pública com efeitos preventivos.
António Costa sublinhou que o C295 e o P3 são "aviões muito importantes para detectarem precocemente qualquer foco de incêndio, mas também muito importantes para a vigilância em período nocturno, porque permite detecção de movimentações suspeitas" na prevenção de fogo posto.
"A vigilância, designadamente em período nocturno, é muito importante. Este ano temos tido um número muito anormal de início de incêndios em período nocturno, quando, obviamente, as questões climatéricas não são a causa natural desses incêndios", afirmou.
António Costa esteve acompanhado pela ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, o secretário de Estado da Defesa, Marcos Perestrello, e vários responsáveis militares, designadamente o Chefe de Estado Maior do Exército.
Nas operações dos próximos dias estão envolvidos 1041 militares, divididos por 347 equipas, 199 das quais em permanência no terreno 24 horas por dia, de acordo com dados do Comandante Nacional da Protecção Civil, Rui Esteves.
Neste período, a GNR reforçou o seu dispositivo com 870 militares (145 patrulhas em permanência 24 horas), tendo a PSP contribuído com um reforço de 164 agentes (51 patrulhas permanentes) e o Corpo Nacional de Agentes Florestais com 31 equipas de 155 efectivos, segundo a mesma fonte.
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