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Emílio Torrão pediu ao ministro do Ambiente, Matos Fernandes, e ao Governo que disponibilize meios e afirmou que as populações não podem viver sob a ameaça de uma cheia.
O presidente da Câmara de Montemor-o-Velho, Emílio Torrão (PS), pediu hoje ao Governo a disponibilização de meios para obras urgentes nos dois diques que colapsaram no Baixo Mondego, potenciando a situação de cheia.
"O senhor ministro do Ambiente e o Governo têm de imediatamente disponibilizar os meios para que estas duas situações [o dique do canal principal do rio e o talude esquerdo do leito periférico direito] sejam corrigidas. Como devem perceber, não é possível uma população aguentar este esforço [de viver sob ameaça de cheia] todos os dias", disse hoje aos jornalistas Emílio Torrão.
O autarca lembrou que face à situação de alerta no Baixo Mondego, que se mantém apesar do grau de risco ter diminuído, a população do concelho já vai "sacrificar" o Natal.
"Espero que não sacrifiquem os próximos meses, porque não se pode viver neste estado permanente de alerta. A margem direita do leito principal e a margem esquerda do [leito] periférico direito têm de ser tapadas, de modo a garantir que os munícipes passem os próximos meses em segurança mínima porque estamos no inverno", reafirmou Emílio Torrão.
O presidente da câmara reforçou que a margem direita do canal principal do rio - que ruiu sábado levando a água do Mondego para a planície agrícola e colocando pressão no talude do leito periférico, que também acabou por colapsar - "tem de ser imediatamente fechada, nem que seja com uma solução provisória".
"Primeiro para a proteção dos munícipes de Montemor-o-Velho, que têm direito a isso, e também para que os próprios agricultores que têm ali o seu sustento possam recuperar a sua normal atividade económica", argumentou.
O autarca admitiu, no entanto, que para reparar os diques, ainda que de forma provisória, os níveis de água terão, primeiro, de baixar.
"Mas como sabe o senhor jornalista, as obras não se fazem de improviso e a ordem do dia é começar a projetar e começar a pensar a obra. Já me foi dito pelos senhores engenheiros da APA [Agência Portuguesa do Ambiente] que já estão a pensar numa solução, inclusivamente penso que têm já um empreiteiro posicionado para que logo que possa intervir começar a fazer os trabalhos preparatórios", alegou Emílio Torrão.
Questionado pela Lusa sobre se o prazo de dois meses para a reparação dos dois diques, avançado hoje pelo ministro do Ambiente e da Ação Climática, é aceitável, Emílio Torrão apenas respondeu que "quanto mais rápido melhor".
"Eu não posso dizer se serão dois meses, quanto mais rápido melhor. Quero aqui dizer, inquestionavelmente, que o senhor ministro da Administração Interna, o senhor ministro do Ambiente e o senhor Presidente da República, acompanhando [a situação no Baixo Mondego] do Afeganistão e sempre disponibilizando a sua magistratura, mas em particular os dois ministros que referi, não houve nenhum pedido que eu tivesse feito que não me tivesse sido satisfeito", enfatizou.
O ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Matos Fernandes, revelou hoje que o Governo "vai recuperar os dois diques" que cederam no rio Mondego, em Montemor-o-Velho, e que espera ter os trabalhos "completamente" concluídos no prazo de dois meses.
"O risco de atingir Montemor-o-Velho, que nunca é nulo, é, neste momento, muitíssimo reduzido. Ontem [no domingo] estivemos já em obra a reforçar pontos mais frágeis. Nos sítios das ruturas não temos maneira de fazer chegar as máquinas. Aguardamos agora que o terreno vá secando e quero acreditar que, em dois meses, aqueles diques estão completamente reparados", afirmou João Matos Fernandes aos jornalistas, no Porto, à margem da cerimónia dos 70 milhões de passageiros do Metro.
Autarca de Montemor pede ao Governo obras urgentes nos diques que ruíram
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O Estado português falha. Os sucessivos governos do país, falham (ainda) mais, numa constante abstração e desnorte, alicerçados em estratégias de efeito superficial, improvisando sem planear.
A chave ainda funcionava perfeitamente. Entraram na cozinha onde tinham tomado milhares de pequenos-almoços, onde tinham discutido problemas dos filhos, onde tinham planeado férias que já pareciam de outras vidas.