A antiga ministra da Habitação considera que "atrasos são naturais, mas o programa estar suspenso é de lamentar". Estado está a pagar rendas a privados de 290 casas, mas só 62 estão ocupadas e não há prazo para uma solução.
O governo de António Costa tinha o objetivo de conseguir arrendar 320 casas a privados para subarrendar a preços controlados. Mas passados quase dois anos, e onze meses do governo de Luís Montenegro, estão angariadas 290 casas e apenas 62 estão ocupadas, segundo os dados avançados pelo Instituto da Habitação (IHRU) ao Diário de Notícias, encontrando-se todo o processo suspenso e em avaliação.
manifestaçao habitação
O Programa Arrendar para Subarrendar (PAS) foi lançado em 2023 como parte do Programa Mais Habitação, para "aumentar o stock de habitação pública" para arrendamento "a preço acessível", ou seja, com uma taxa de esforço máxima de 35% do rendimento.
Isto significa que o Estado está atualmente a pagar rendas de casas que estão vazias. Marina Gonçalves, ministra responsável pela criação do programa, explica há SÁBADO que "é normal existir um hiato entre o momento das candidaturas de quem quer arrendar a sua casa e da entrada efetiva do inquilino na casa", isto porque "é necessário fazer a contratualização com o proprietário, depois fazer o concurso e ter o resultado", existindo ainda situações em que o primeiro escolhido "acaba por já não querer a casa".
"Atrasos são naturais, mas o programa estar suspenso [como avança do DN] é de lamentar", considera a anterior ministra e atual deputada antes de explicar que o PS "não considera este o programa central para resolver a crise da habitação, mas era mais uma via para ajudar a diminuir o problema": "Se cada instrumento que criámos trouxer mais 100/200 casas para o mercado a preços a que a classe média possa ter acesso já é uma ajuda".
A antiga responsável pela Habitação partilha que não teve muito tempo para acompanhar o programa uma vez que só esteve no Governo durante os dois primeiros concursos, mas recorda que na altura o foco era "tentar diminuir ao máximo o tempo que a casa estava vazia". Sobre ao estado atual do programa e os problemas informáticos refere que só sabe que "neste momento está tudo parado, nem a plataforma está disponível" e que, logo em novembro, quando o último concurso foi anulado, "o PS questionou o Governo sobre os motivos e soube apenas que se tratava de um problema informático".
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
Trazemos-lhe um guia para aproveitar o melhor do Alentejo litoral. E ainda: um negócio fraudulento com vistos gold que envolveu 10 milhões de euros e uma entrevista ao filósofo José Gil.