O ex-primeiro-ministro diz que quer descansar e aproveitar a sua experiência para "para fazer alguma coisa de útil"
O antigo primeiro-ministro socialista António Guterres excluiu hoje a possibilidade de regressar à vida política activa nacional, afirmando que vai descansar e reflectir sobre como aproveitar a sua experiência "para fazer alguma coisa de útil".
"Não vou voltar à vida política activa nacional", afirmou António Guterres, que no final de Dezembro terminou o mandato como alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados, cargo que ocupou durante dez anos.
Guterres falava em Lisboa, à margem da sessão de abertura do Seminário Diplomático, durante a qual reflectiu sobre o "Deslocamento forçado como sintoma da situação internacional", naquela que foi a sua primeira intervenção pública após o regresso "à vida normal", como mencionou.
Questionado pelos jornalistas sobre o seu futuro, o antigo primeiro-ministro socialista disse que pretende "descansar algum tempo" e que vai aproveitar para "reflectir".
"Vou, naturalmente, calmamente, reflectir sobre a melhor maneira de aproveitar as experiências que tenho e as capacidades que tenho para fazer alguma coisa de útil", disse.
Guterres não respondeu à pergunta se pondera uma candidatura a secretário-geral da Organização das Nações Unidas.
Instado, na ocasião, a comentar se António Guterres faz falta a Portugal, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, considerou que o antigo alto comissário da ONU "não faz falta a Portugal porque ele está em Portugal e, certamente, contribuirá activamente para a causa pública portuguesa".
"A minha expectativa é que contribua mesmo ao mais alto nível", disse o chefe da diplomacia portuguesa, mas sem especificar em que funções.
Santos Silva referiu apenas esperar que "a contribuição do engenheiro António Guterres para Portugal possa ser, ao mesmo tempo, uma contribuição para as grandes causas em que Portugal está envolvido", mas a decisão se é "lá fora ou cá dentro", cabe ao próprio.
António Guterres: regresso à política portuguesa? Não obrigado!
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