Primeiro-ministro elogiou o avançado maliano do FC Porto. Primeiro desportivamente, pelo golo que deu a vitória aos "dragões", e depois como cidadão, mostrando que "há limites para tudo".
O primeiro-ministro manifestou hoje a sua "solidariedade" com Marega e o "repúdio total" por atos racistas contra o futebolista do FCPorto, esperando que "as autoridades ajam como lhes compete" para impedir que voltem a acontecer.
"Todos temos que expressar a solidariedade com ele, repúdio total por este tipo de comportamento e espero que sirva de exemplo para que não se repita em mais nenhum estádio e que agora as autoridades ajam como lhes compete de forma a impedir que nunca mais isto aconteça", afirmou António Costa aos jornalistas, à entrada para uma reunião da Comissão Permanente de Concertação Social, em Lisboa.
O chefe do Governo, que já tinha publicado um 'tweet' sobre o assunto, elogiou hoje a "dupla vitória" de Marega no jogo de domingo do Futebol Clube do Porto contra o Vitória de Guimarães.
Marega "provou duplamente a sua capacidade", afirmou António Costa.
"Primeiro desportivamente, marcando o golo que colocou o Porto a um ponto da liderança, mas sobretudo como cidadão, explicando que há limites para tudo e que é inaceitável este tipo de comportamentos nos recintos desportivos", acrescentou.
Olhando para o que aconteceu no domingo, o primeiro-ministro afirmou que "foi um dia absolutamente lamentável porque o desporto tem que ser um local de convívio de valorização do melhor de cada um de nós tem e não pode ser nem o palco de violência nem de expressão de valores que violam a dignidade da pessoa humana como são o racismo".
O avançado Marega pediu para ser substituído, ao minuto 71 do jogo da 21.ª jornada da I Liga, entre o FC Porto e o Vitória de Guimarães, por ter ouvido cânticos e gritos racistas de adeptos da formação vimaranense, numa altura em que os 'dragões' venciam por 2-1, resultado com que terminaria o encontro.
Jogadores do FC Porto e também do Vitória de Guimarães tentaram demovê-lo, mas Marega mostrou-se irredutível na decisão de abandonar o jogo.
Sobre o que fazer, o primeiro-ministro admitiu duas vias.
Uma, a repressiva, que "é aquela que está já desencadeada tendo em vista identificar quem são os responsáveis, (...) puni-los e aplicar também o novo quadro legal que já foi aprovado há um ano e que permite endurecer quer a punição dos agentes quer dos clubes relativamente a práticas de violência quer a práticas de racismo", disse.
"Há depois um trabalho de fundo que é de toda a sociedade que é promover aquilo que são os valores da defesa da dignidade da pessoa humana e compreender que o racismo é talvez uma das formas mais brutais de expressão de violação de dignidade da pessoa humana", acrescentou.
António Costa: Marega "provou duplamente a sua capacidade"
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Chamar a este projeto de “corredor da paz” enquanto se inscreve o nome de Trump é uma jogada de comunicação que consolida a sua imagem como mediador global da paz.
Cuidarmos de nós não é um luxo ou um capricho. Nem é um assunto que serve apenas para uma próxima publicação numa rede social. É um compromisso com a própria saúde, com a qualidade das nossas relações e com o nosso papel na comunidade.
Imaginemos que Zelensky, entre a espada e a parede, aceitava ceder os territórios a troco de uma ilusão de segurança. Alguém acredita que a Rússia, depois de recompor o seu exército, ficaria saciada com a parcela da Ucrânia que lhe foi servida de bandeja?