União entre PS e PAN nos próximos quatro anos ficou fora do debate para as eleições legislativas. Agricultura intensiva e limites ao turismo foram pontos de discórdia.
O secretário-geral do PS e o porta-voz do PAN concordaram hoje sobre combate às alterações climáticas, embora com diferenças de calendário em termos de metas, mas divergiram frontalmente sobre agricultura intensiva e limites ao turismo.
Num debate com cerca de 30 minutos, na SIC, António Costa e André Silva falaram várias vezes sobre os pontos de convergência entre as duas forças políticas ao longo da última legislatura, mas nada foi dito (nem perguntado) sobre eventuais entendimentos nos próximos quatro anos.
A agricultura foi a área que motivou a discussão mais cerrada, depois de o deputado do PAN ter acusado o Governo socialista de seguir uma linha "depredadora" em termos ambientais com a exploração intensiva do olival no Alentejo - uma perspetiva que o primeiro-ministro rejeitou em absoluto.
António Costa respondeu usando argumentos de ordem económica, alegando que o olival intensivo representa apenas 1,5% da área total do Alentejo e que Portugal "não se pode dar ao luxo" de não aproveitar os seus recursos naturais.
Neste ponto, o líder socialista reconheceu alguma "concentração do olival" no Alqueva e referiu que o seu executivo decidiu já suspender os apoios em relação a novos projetos de exploração.
Na mesma linha, o secretário-geral do PS demarcou-se da sugestão do deputado do PAN para que se limite em Portugal "a carga turística", sobretudo na zona de Lisboa. António Costa assumiu antes como objetivos reduzir a sazonalidade e aumentar o turismo de natureza, principalmente nas regiões do interior.
António Costa e André Silva em sintonia no combate às alterações climáticas
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