O protesto é contra a abertura de uma mina de urânio em Retortillo, na província espanhola de Salamanca.
Ambientalistas portugueses e espanhóis concentram-se hoje na fronteira de Freixo de Espada à Cinta, distrito de Bragança, para protestar contra a abertura de uma mina deurâniona província espanhola de Salamanca.
A concentração começa às 16:00 na barragem de Saucelle, na fronteira de Portugal com Espanha, e os ativistas apelam a todas as organizações e cidadãos que se lhes queiram juntar para formar um cordão humano a unir as duas margens do Douro.
O ambientalista Nuno Sequeira, daQuercus, referiu que, a abrir, essa mina projetada para a localidade de Retortillo teria "impactos muito grandes" no meio ambiente e na saúde humana.
"É material radioativo explorado a céu aberto com possibilidade de conter poeiras atmosféricas que seriam transportadas certamente para território português e seriam libertadas para o meio hídrico e chegariam ao rio Douro", alertou.
A Quercus, a Associação Ambiente em Zonas Uraníferas e a plataforma Stop Urânio de Salamanca reconhecem que há sinais de obstáculos à abertura da mina, o mais recente dos quais colocado pelo município de Retortillo, que recusou dar à mineira Berkeley licença urbanística para as obras do projeto, que inclui a mina e uma fábrica de processamento de urânio.
Nuno Sequeira apontou que a contestação acontece dos dois lados da fronteira e defendeu que o executivo português precisa de ter "uma ação mais incisiva e colocar mais pressão no Governo espanhol para que não avance com estes projetos e os cancele de uma vez por todas".
Se avançarem, estas minas serão "as únicas a céu aberto na Europa", afirmou o ambientalista, considerando que seriam uma aposta sem sentido nenhum do ponto de vista económico, social" e até do turismo, com um balneário termal a funcionar em Retortillo.
Em outubro passado, o executivo de Madrid anunciou o abandono de outro projeto da Berkeley na província de Salamanca, afirmando que a empresa não apresentou documentos que eram necessários.
O projeto "Salamanca", da empresa Barkeley, previa um investimento total de 250 milhões de euros, a criação de 450 postos de trabalho diretos e 2.000 indiretos.
O parlamento nacional aprovou em março de 2018 um conjunto de resoluções para recomendar ao Governo português a adoção de medidas junto do executivo espanhol para suspender a exploração de urânio em Salamanca.
Ambientalistas portugueses e espanhóis manifestam-se na fronteira contra exploração de urânio
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Para poder votar newste inquérito deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Ser liberal é viver e deixar viver. É também não sucumbir ao ressentimento social: as páginas em que Cotrim de Figueiredo confessa essa tentação quando olhava para os colegas mais abonados do Colégio Alemão são de uma honestidade tocante.
Mesmo nessa glória do mau gosto, ele encontra espaço para insultar, nas legendas, os seus antecessores, os Presidentes de que ele não gosta, a começar por Biden. É uma vergonha, mas o mundo que Trump está a criar assenta na pouca-vergonha
A avó de Maria de Lourdes foi dama de companhia da mãe de Fernando Pessoa. E deixou-lhe umas folhas amaralecidas, que elaenviou a Natália Correia, já nos anos 80. Eram inéditos da mãe do poeta.
Zelensky vê na integração na UE uma espécie de garantia de segurança, ainda que não compense a não entrada na NATO. É possível sonhar com um cessar-fogo capaz de evitar uma futura terceira invasão russa da Ucrânia (agora para Odessa e talvez Kiev, rumo às paredes da frente Leste da UE)? Nunca num cenário de concessão do resto do Donbass. O invadido a oferecer, pela negociação, ao invasor o que este não foi capaz de conquistar no terreno? Não pode ser. Aberração diplomática que o fraco mediador Trump tenta impor aos ucranianos.