Para o centrista, o ministro do Ambiente "nada adiantou sobre esta questão e nada adiantou sobre o futuro desta questão" na sua audição
O deputado do CDS-PP Álvaro Castello-Branco prometeu voltar a chamar o ministro do Ambiente e outros membros do Governo até que Portugal tenha "voz grossa" com Espanha sobre Almaraz.
"Chamaremos a esta Assembleia da República o senhor ministro do Ambiente e demais membros do Governo, se for o caso, até que esta questão possa, da parte de Portugal, ser tratada como deve ser tratado e Portugal fale com a voz grossa com Espanha que nós reclamamos que fale", afirmou o deputado centrista.
Falando aos jornalistas no parlamento, Álvaro Castello-Branco disse que, na comissão parlamentar, o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, "nada adiantou sobre esta questão e nada adiantou sobre o futuro desta questão" de Almaraz.
"Não podemos deixar de ver com grande consternação que o senhor ministro fala em Portugal com voz grossa, mas fala em Espanha com voz fina. Gostaríamos muito que o Governo e o senhor ministro falassem em Espanha com voz grossa", declarou.
"Nós gostaríamos que o senhor ministro falasse menos e fizesse mais. Vemos com muita preocupação que teve uma reunião em Espanha, que fez todos os esforços, mas o que é facto é que a construção do armazém continua. O Governo espanhol continua com a intenção de construir esse armazém e vai avançando essa construção", sublinhou.
O ministro do Ambiente revelou hoje que Portugal enviou uma nova carta a Espanha a insistir que o país deve ser ouvido se o executivo espanhol decidir prolongar a vida da central nuclear de Almaraz.
A carta foi enviada na segunda-feira e deu conhecimento oficial a Espanha do envio da queixa sobre esta matéria à Comissão Europeia.
Na carta, o governo português reitera aquilo que já tinha sido transmitido a Espanha na reunião entre os ministros português do Ambiente e espanhol da Energia.
Também foi transmitido à comissão parlamentar de Ambiente que é entendimento de Portugal que, se Espanha quiser prolongar a vida da central de Almaraz tem de fazer avaliação do impacto ambiental transfronteiriço e Portugal tem de participar no processo.
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