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Alcochete: Juíza ameaça arguidos com prisão preventiva por mau comportamento

A sexta sessão do julgamento decorre no tribunal de Monsanto, Lisboa. Sporting quer reagendar audições dos jogadores.

Esta quinta-feira, decorre a sexta sessão do julgamento da invasão à Academia doSportingemAlcochete. Hoje, serão ouvidos um elemento da GNR e o primeiro funcionário da academia do Sporting, Rui Falcão, que estava no portão da Academia no dia do ataque: 15 de maio de 2018.

Antes de dar início à audição da primeira testemunha, a juíza Sílvia Pires fez uma advertência a alguns arguidos que têm tido comportamentos "desadequados" e relembrou que, apesar de estarem em prisão domiciliária, as suas medidas de coação podem ser agravadas. 

Um dos visados, segundo oCorreio da Manhã, foi Domingos Monteiro, de 23 anos, apanhado com haxixe numa das revistas à entrada do tribunal e na sessão de terça-feira foi identificado pela PSP por desobediência a um agente, no tribunal. Outro dos arguidos com incidentes tem sido Hugo Ribeiro que na segunda-feira foi identificado pela PSP no tribunal por ter ameaçado uma jornalista da CMTV. No dia seguinte faltou à sessão do julgamento e não apresentou justificação ao coletivo.

No dia 27, soube-se que o Sporting ia pedir o reagendamento da presença em tribunal dos futebolistas do plantel que deveriam ser ouvidos na próxima semana no julgamento da invasão à academia, invocando "motivos laborais", disse hoje à Lusa fonte do clube.

O plantel do Sporting vai estar no norte entre sábado e quarta-feira, onde realizará duas partidas com o Gil Vicente, em Barcelos, para a I Liga e a Taça da Liga.

Na terça-feira, durante a quinta sessão do julgamento da invasão à academia do Sporting, a juíza Sílvia Pires anunciou a calendarização das sessões da próxima semana, na qual estava prevista a presença, na qualidade de testemunhas, de oito futebolistas do plantel.

Nas sessões agendadas para os dias 2, 3 e 4 de dezembro, o tribunal pretendia ouvir os futebolistas Wendel, Mathieu, Acuña, Battaglia, Luís Maximiano, Coates, Ristovski e Bruno Fernandes.

Além dos futebolistas, deverão ser notificados para depor durante a próxima semana Ricardo Gonçalves, chefe da segurança da academia, à data do ataque, o antigo futebolista Manuel Fernandes e José Laranjeira, que integravam o departamento de 'scouting' do clube, e que se encontrava na academia.

A equipa de futebol do Sporting defronta no domingo, às 20:00, o Gil Vicente, em jogo da 12.ª jornada da I Liga, e volta a defrontar a formação minhota, na quarta-feira, dia 04 de dezembro, deve por isso permanecer no norte durante esse período.

Segundo a acusação do MP, em 15 de maio de 2018, a equipa de futebol do Sporting foi atacada na academia do clube, por elementos do grupo organizado de adeptos da claque Juventude Leonina e do subgrupo Casuais (Casuals), que agrediram técnicos, jogadores e 'staff'.

Aos arguidos que participaram diretamente no ataque à academia, o MP imputa-lhes a coautoria de 40 crimes de ameaça agravada, de 19 crimes de ofensa à integridade física qualificada e de 38 crimes de sequestro, todos estes (97 crimes) classificados como terrorismo

Bruno de Carvalho, à data presidente do clube, Mustafá, líder da Juventude Leonina, e Bruno Jacinto, ex-oficial de ligação aos adeptos do Sporting, estão acusados, como autores morais, de 40 crimes de ameaça agravada, de 19 crimes de ofensa à integridade física qualificada e de 38 crimes de sequestro, todos estes (97 crimes) classificados como terrorismo.

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