O candidato único foi eleito na primeira ronda de votações com 202 votos a favor.
José Pedro Aguiar-Branco foi esta terça-feira reconduzido no cargo de Presidente da Assembleia da República. No seu discurso inaugural considerou fundamental uma cultura de tolerância e urbanidade no debate político e invocou os constituintes eleitos em 1975 para pedir aos atuais deputados esforço para consensos.
Sandra Ribeiro/Arquivo Fotográfico da Assembleia da República
Aguiar-Branco foi reeleito com 202 votos a favor, 25 votos brancos e três votos nulos. Esta votação mostra que houve dissidentes entre as bancadas da AD, PS e Chega. Os três partidos juntos somam 209 deputados, ou seja, sete não votaram de acordo com a orientação partidária.
No seu discurso, Aguiar-Branco afirmou que o Parlamento tem "pela frente uma das legislaturas mais exigentes" da democracia nacional. Afirmou ainda que irá dar primazia à liberdade de expressão e que irá ser "equidistante". "Enquanto deputado faço o meu juízo, tenho a minha opinião. Enquanto presidente, tenho o dever de garantir que as intervenções são ouvidas, mesmo e especialmente quando não concordo", assinalou. "Nunca verão em mim, como deputado, como presidente [da Assembleia da República] ou simplesmente como pessoa, um sinal de hostilidade ou agressividade para com qualquer outro deputado ou senhora deputada, independentemente do seu partido, do que diga ou do que pense. Não apenas por dever constitucional ou regimental do cargo, mas porque continuo a acreditar profundamente que o respeito, a cortesia e a urbanidade são elementos fundamentais para a vida em sociedade", acentuou.
"O consenso é possível, continua a ser possível. Sermos capazes de superar esses desafios, sermos capazes de encontrar os nossos denominadores comuns, é o que os portugueses esperam de nós. Melhor dito: é o que exigem de nós", reforçou.
Na sua intervenção, após ser reeleito presidente do parlamento, o antigo ministro social-democrata assinalou a "feliz coincidência" de a XVII Legislatura se iniciar um dia depois dos 50 anos da tomada de posse da Assembleia Constituinte. "Parece uma miragem distante que 250 deputados, de sete diferentes partidos, se tenham sentado nesta mesma sala e conseguido chegar a acordo sobre a forma como as nossas instituições iriam funcionar daí em diante", apontou.
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.