O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, reafirmou esta terça-feira que é agora, e não nas gerações futuras, que se tem de agir em relação à escassez de água e sublinhou a campanha de sensibilização em preparação.
A campanha de sensibilização para o valor da água tem como objectivo promover o valor social, ambiental e económico da água, no seguimento de um estudo recente sobre atitudes e comportamentos dos portugueses face à água, e tem "lava-me pouco" como uma das frases a utilizar.
No Dia Mundial do Ambiente o ministro presidiu, na sede do grupo AdP - Águas de Portugal, à inauguração de um centro de educação ambiental chamado "Água a 360º", um espaço para sensibilizar para a importância da água que pode ser utilizado por grupos (mediante marcação) e que tem jogos, um espaço de realidade virtual através do qual se pode "visitar" uma estação de tratamento de água e outra de tratamento de águas residuais.
Os jogos, muito disputados por dezenas de jovens que encheram o espaço (em Lisboa), são sempre relacionados com a água (competição com perguntas sobre a água por exemplo), havendo ainda um espaço para a sensibilização para as energias alternativas.
Segundo o grupo AdP, o espaço "potenciará a disseminação das mensagens por todo o país", uma vez que os equipamentos para visualização 3D das visitas virtuais "serão disponibilizados a outras entidades parceiras, como municípios, escolas ou associações ambientais".
No âmbito da inauguração do espaço foi ainda assinado entre a AdP e a Global Compact Network Portugal, a rede portuguesa da iniciativa na área da cidadania empresarial promovida pelas Nações Unidas, um protocolo de cooperação sobre formação de professores no âmbito da água.
O ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, destacou a valorização da educação ambiental, visível nas verbas que lhe são atribuídas (três milhões de euros), lembrou o investimento que está a ser feito na rede hidrográfica dos 64 municípios mais atingidos pelos incêndios do ano passado, disse que o país se pode orgulhar de sempre ter cumprido as metas de redução dos gases com efeito de estufa, e reafirmou a importância da economia circular.
E ouviu de um grupo de sindicalistas da CGTP, que está a negociar um acordo colectivo de trabalho com a AdP, queixas de que os trabalhadores não são aumentados desde 2010, tendo recebido desse grupo umdossiersobre o tema.
Joaquim Sousa, um dos sindicalistas que falou com o ministro, disse à Lusa que a empresa tem adiado a questão e que se numa reunião marcada para quinta-feira o grupo continuar sem apresentar soluções os meses de Junho e Julho serão de "plenários, concentrações e greves".