Sábado – Pense por si

Aeroporto de Lisboa reforçado com 80 polícias durante Natal e Ano Novo

Lusa 17 de dezembro de 2025 às 20:00
As mais lidas

Objetivo é assegurarem o funcionamento regular do controlo de fronteiras e a segurança no período de maior afluência.

Oitenta polícias da PSP vão reforçar o aeroporto de Lisboa nos próximos 15 dias para assegurarem o funcionamento regular do controlo de fronteiras e a segurança no período de maior afluência, anunciou esta quarta-feira o Ministério da Administração Interna (MAI).

Aeroporto de Lisboa
Aeroporto de Lisboa TIAGO PETINGA/LUSA

Numa nota enviada à Lusa, o MAI refere que 20 agentes, provenientes do Núcleo de Fiscalização de Fronteiras do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, estão desde hoje à tarde no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, tendo já sido distribuídos pelos diferentes turnos de serviço.

O ministério tutelado por Maria Lúcia Amaral avança que, a partir de sexta-feira, vão ser integrados no aeroporto mais 30 efetivos, que responderam a convites internos.

Segundo o MAI, estes 30 agentes estão a frequentar uma formação de segurança aeroportuária de três dias e iniciarão funções no aeroporto de Lisboa a partir de terça-feira.

O MAI indica que está ainda previsto um reforço de mais 30 polícias a partir de segunda-feira, sendo estes agentes provenientes dos comandos limítrofes da área de Lisboa (Setúbal, Santarém e Leiria) e com formação em fiscalização de fronteiras.

"No total, este dispositivo representa um reforço de 80 efetivos durante os próximos 15 dias, com o objetivo de assegurar o funcionamento regular do controlo de fronteiras e a segurança no aeroporto durante o período de maior afluência", precisa o MAI.

Os tempos de espera no aeroporto de Lisboa têm sido elevados, tendo chegado nos últimos dias "a seis horas", segundo avançou na terça-feira a ministra da Administração Interna no parlamento.

Maria Lúcia Amaral admitiu que "correu mal" nos aeroportos portugueses a introdução do novo sistema europeu de controlo de fronteiras para cidadãos extracomunitários, mas recusou que seja da "exclusiva responsabilidade" da PSP.

O novo sistema europeu de controlo de fronteiras para cidadãos extracomunitários entrou em funcionamento em 12 de outubro em Portugal e restantes países do espaço Schengen e desde então os tempos de espera têm-se agravado, principalmente no aeroporto de Lisboa, com os passageiros a terem de esperar, algumas vezes várias horas.

Esta situação levou o Governo a criar no fim de outubro uma 'task force' de emergência para gerir esta situação de crise.

Desde 10 de dezembro que está a decorrer a segunda fase com a recolha de dados biométricos, que consiste na obtenção de fotografia e impressões digitais do passageiro, o que tem complicado ainda mais a situação.

No parlamento, onde foi ouvida sobre as longas filas no controlo de fronteiras nos aeroportos portugueses, as medidas adotadas e os prazos previstos para a sua resolução, a ministra disse também que neste momento estão afetos ao aeroporto Humberto Delgado 236 agentes da PSP e as necessidades são 270.

A ministra afirmou que os agentes da PSP têm de estar credenciados com o curso de formação de guarda de fronteira, organizado pela agência europeia Frontex, e realçou que "sem esse curso e sem essa formação não é possível colocar agentes de polícia no aeroporto".

A governante avançou que estão "previstos 10 cursos de formação de guarda de fronteira a realizar progressivamente em 2026".

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
A lagartixa e o jacaré

Dez observações sobre a greve geral

Fazer uma greve geral tem no sector privado uma grande dificuldade, o medo. Medo de passar a ser olhado como “comunista”, o medo de retaliações, o medo de perder o emprego à primeira oportunidade. Quem disser que este não é o factor principal contra o alargamento da greve ao sector privado, não conhece o sector privado.