O sindicato justifica a adesão à greve com o "descontentamento muito significativo" que existe entre os inspectores.
A adesão à greve dos trabalhadores da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) ronda os 80%, disse fonte sindical, sublinhando que estes números mostram "um descontentamento muito significativo" dos inspectores.
Os números mostram "um descontentamento muito significativo" dos trabalhadores, porque "há muito tempo que se anda a negociar a carreira, sempre estiveram propostas em cima da mesa", mas "a intransigência do Ministério da Finanças acaba por não criar as condições para que a negociação da carreira tivesse chegado ao fim com sucesso", disse à agência Lusa José Abraão, dirigente da Federação de Sindicatos da Administração Pública (FESAP),
"Foi dado um passo no sentido de aplicar as carreiras de inspectores superiores mas é pouco, fica muito aquém das expectativa dos trabalhadores", acrescentou José Abraão.
Contactado pela Lusa, o presidente da direcção nacional da Associação Sindical dos Funcionários da ASAE (ASF-ASAE), Bruno Figueiredo, avançou alguns dados a nível das unidades operacionais da periferia, nomeadamente em Castelo Branco e Mirandela.
Dos oito inspectores da unidade operacional de Castelo Branco, sete estão em greve, disse Bruno Figueiredo, acrescentado que na unidade de Mirandela a adesão ronda os 90% e no Porto é de cerca de 80 por cento.
Aludindo à concentração marcada para hoje junto do Ministério das Finanças, em Lisboa, Bruno Figueiredo disse que são esperados entre 100 a 120 inspectores, que representam cerca de metade do total de trabalhadores.
Os trabalhadores da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica iniciaram hoje às 00h00 uma greve pela valorização do estatuto de carreira dos inspectores, entre outras reivindicações.
Pedro Miguel Antunes, presidente do Sindicato Nacional dos Profissionais da ASAE, referiu à Lusa que a greve se concretizou face à ausência de qualquer resposta do Ministério das Finanças às pretensões dos trabalhadores.
Além da valorização da carreira, os inspectores da ASAE exigem um regime de horário de trabalho que reconheça o carácter de disponibilidade permanente e o reconhecimento e devida protecção dos riscos associados às funções.
Um procedimento justo na transição para a carreira especial de inspecção, melhores condições de aposentação e tratamento igualitário aos restantes inspectores dos órgãos de polícia criminal são outras das questões que os trabalhadores da ASAE querem ver resolvidas e que motivaram a greve.
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