Distritos de Faro e Leiria foram os que mais conseguiram baixar a taxa de abstenção. Por oposição, Bragança continua a ser o local onde o eleitorado mais se abstém.
O resultados das eleições legislativas pode ter sido pouco esclarecedor em relação à sobrevivência do próximo governo, mas uma coisa é certa: a taxa de abstenção que se registou é motivo para entrar para a história.
ESTELA SILVA/LUSA
Inicialmente as sondagens apontavam para uma taxa de abstenção como já não se registava em 2005, mas os resultados, divulgados pelaSecretaria Geral do MAI,indicam que o valor verificado em 2024 - 33,77% - é o mais baixo desde 1995. Em comparação com as legislativas de 2022 todos os distritos conseguiram baixar a taxa de abstenção, no entanto, foi em Faro e Leiria que esta tendência mais se acentuou.
Há dois anos, 48,7% da população eleitora de Faro não se deslocou até às urnas, mas este ano o número de faltas diminuiu para 38,3%, ou seja, caiu 10 pontos percentuais. Quanto à região de Leiria a taxa de abstenção passou dos 42,9% para os 33,6%.
Ainda assim, Braga foi o distrito onde mais pessoas votaram. Saíram à rua 71,31% da população recenseada, dando a vitória neste distrito à AD. Seguiu-se o distrito do Porto, com 70,5% dos votantes a exercerem o seu direito - também com a maioria a dar a vitória à AD. Em Lisboa, o cenário foi ligeiramente diferente a estes dois distritos - com pouco mais de metade dos 68,85% de votantes a preferir o Partido Socialista, de Pedro Nuno Santos, à Aliança de Luís Montengero.
Onde o cenário não foi tão animador foi em Bragança – que registou a maior abstenção. Se em 2022 metade da população bragantina não votava, este ano não ficou muito aquém. Nas legislativas de 2024, embora a taxa de abstenção tenha reduzido cerca de seis pontos percentuais, os números de quem não foi às urnas manteve-se alto: 45,9% da população recenseada.
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