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"A partir de 30 de janeiro, os isolamentos vão passar a ser pouco cumpridos"

Lucília Galha
Lucília Galha 21 de janeiro de 2022 às 14:00

Primeiro, a ressalva: não é que o risco de ir votar seja maior do que andar de transportes públicos. Nunca sabemos se quem está ao lado está infetado. O problema é a coerência da mensagem, avisam os especialistas. Abre um precedente que põe em causa esta medida de saúde pública.

Foi precisamente 10 dias antes das eleições legislativas – que acontecem já no próximo 30 de janeiro – que o Governo divulgou a norma que permite que as pessoas em isolamento possam votar. Infetados e contactos de risco. Não há propriamente restrições: existe a recomendação de que estas pessoas votem entre as 18 e as 19h, que usem máscara (cirúrgica ou FFP2) e que, de preferência, usem transporte individual ou se desloquem a pé – em vez dos transportes públicos.

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