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A fatura para a união interna no PS: programa, listas e lugares

Maria Henrique Espada
Maria Henrique Espada 21 de dezembro de 2023 às 20:00

José Luís Carneiro vai ter uma palavra em várias frentes. Os carneiristas não querem criar “uma fação”, mas também recusam “ficar no bolso” de quem ganhou.

"Quem tem de pôr as cartas na mesa é Pedro Nuno Santos”, diz um dos apoiantes de José Luís Carneiro. Ou seja, três dias depois da vitória de Pedro Nuno Santos, o que os carneiristas esperam é que seja quem venceu a querer conversar com o ainda ministro da Administração Interna. E, na entourage que o apoiou na campanha interna, não se espera que o novo secretário-geral faça outra coisa: “Não é do interesse de nenhum que não haja listas comuns aos órgãos nacionais no congresso. Mas o que quer que aconteça será sempre em reação ao que o Pedro Nuno Santos propuser.” A iniciativa fica do outro lado, mas há várias frentes por onde negociar. José Luís Carneiro elegeu 407 delegados ao congresso, o que, admite a mesma fonte, “permitiriam sempre eleger uma proporção de elementos nos órgãos nacionais”. Mas, aponta este colaborador de Carneiro, “isso seria um péssimo sinal para lançar uma campanha para as legislativas em tão curto espaço de tempo”. Aliás, “seria de uma estupidez total, e não tenho nada o Pedro Nuno Santos na conta de pouco inteligente”. A expectativa é que as listas conjuntas reflitam, em proporção, na Comissão nacional e na Comissão Política, a percentagem de votos obtidos por Carneiro nas diretas.

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