As ativistas foram, entretanto, retiradas da sala e a conferência foi interrompida para o ministro trocar de roupa e a sala ser limpa.
O ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, foi esta terça-feira atacado com tinta verde por três jovens ativistas climáticas, em Lisboa, durante uma conferência da CNN sobre transição energética em que participam as empresas Galp e EDP.
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Ministro do Ambiente atacado com tinta verde em conferência
Poucos minutos após o início da conferência, quando o ministro do Ambiente tomou a palavra, as três jovens dirigiram-se ao palco e atiraram tinta verde que atingiu Duarte Cordeiro na roupa, enquanto gritavam frases de contestação ao Governo.
"O Governo provou que não quer saber da transição climática ao fazer conferências com a EDP e a GALP", "Este vai ser o último inverno de gás", "Não permitimos que vendam o nosso futuro" e "A GALP e a EDP não querem saber da transição justa", foram algumas das frases que as jovens gritaram.
As ativistas foram, entretanto, retiradas da sala e a conferência foi interrompida para o ministro trocar de roupa e a sala ser limpa.
Duarte Cordeiro, convidado para falar sobre as metas e as políticas públicas para a transição energética, regressou à sala alguns minutos depois, tendo sido retomada a conferência, na qual defendeu que "estas formas de manifestação não resultam" e contribuem para que a causa climática "perca apoio social".
"Eu não me queixo de quem vai para a rua reivindicar pelo seu planeta e pelo seu futuro, [...] eu queixo-me de determinadas formas de manifestação que são intolerantes e têm como objetivo procurar, através da intolerância, calar os outros", afirmou o ministro do Ambiente, sublinhando que o Governo considera que se deve "envolver as empresas no processo da transição [energética]".
A ação de protesto foi reivindicada pelo grupo de estudantes "Primavera das Ocupas - Fim ao Fóssil" nas redes sociais, com a porta-voz da ação, Matilde Ventura, a acusar a conferência promovida pela CNN de ser "uma fachada para limpar a imagem das empresas que em Portugal estão a lucrar com as crises climática e de custo de vida".
"O ministro provou com a sua presença que prefere compactuar com os criminosos que nos estão a levar para o colapso do que garantir que nós, jovens que nascemos em crise climática, temos um futuro", acrescentou, prometendo "continuar a 'não dar paz ao Governo'", com uma "onde de ações" a partir de 13 de novembro, que incluem ocupações nas escolas e "perturbação do normal funcionamento das instituições".
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