Associação exigiu um pedido de desculpas ao ministro da Administração Interna, considerando que Eduardo Cabrita "ofendeu milhares de bombeiros voluntários".
A Associação Portuguesa de Bombeiros Voluntários (APBV) exigiu na quarta-feira ao ministro da Administração Interna (MAI) um pedido de desculpas pelas suas declarações, tendo solicitado várias audiências urgentes para discutir a situação do setor.
A APBV reuniu na quarta-feira à noite os seus órgãos nacionais em plenário no quartel dos Bombeiros Voluntários de Campo de Ourique, em Lisboa, para analisar toda a situação dos bombeiros no país.
"Os bombeiros estão desanimados e descrentes e não se revêem nas declarações que o ministro tem feito, que são tristes, quando afirmou que o socorro em Portugal poderia estar em risco por causa das medidas anunciadas pela Liga [dos Bombeiros Portugueses]", disse à agência Lusa João Marques, vice-presidente da APBV.
A associação exigiu um pedido de desculpas ao ministro da Administração Interna, considerando que Eduardo Cabrita "ofendeu milhares de bombeiros voluntários".
A APBV defende, também, que deve ser ouvida em comissão parlamentar sobre a proposta de reforma da Lei Orgânica da Protecção Civil, que está na origem da polémica, manifestando descontentamento por não ter sido escolhida para essa audição.
Segundo explicou João Marques, a associação decidiu enviar ofícios ao Presidente da República, ao presidente da Assembleia da República e a todos os grupos parlamentares com um pedido de audiência urgente, solicitando também audiências ao MAI e ao secretário de Estado da Protecção Civil.
"Já tínhamos solicitado ao MAI e ao secretário de Estado audiências, mas como não recebemos resposta, vamos voltar a pedir. Pedimos também uma audiência ao presidente da Liga dos Bombeiros, que já tínhamos pedido antes, para tentar congregar esforços para resolver a situação atual", frisou.
Sobre a tomada de posição da Liga, de ter suspendido todo o encaminhamento e informação operacional aos Comandos Distritais de Operações de Socorro, João Marques referiu que a associação nunca irá contestar nada que seja feito para valorizar e reconhecer os bombeiros voluntários, manifestando o seu apoio aos corpos de bombeiros que adoptaram como forma de reivindicação e descontentamento o toque de sirene durante alguns minutos.
O vice-presidente da associação disse ainda que se devem avançar para negociações e manifestou, também, disponibilidade para nelas participar, desde que exista abertura do ministério, defendendo que estas devem começar pelos bombeiros e pelo incentivo ao voluntariado.
Entre as principais reivindicações da Associação Portuguesa de Bombeiros Voluntários estão a reposição da contagem do tempo de serviço para efeitos de reforma, a actualização do sistema de seguros, a criação de um programa de vigilância médico-sanitária para os operacionais ou isenções de propinas universitárias e em cursos técnico-profissionais ligados ao setor.
Bombeiros Voluntários exigem pedido de desculpas do MAI
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