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PSD e CDS atacam política de "encontrões" do Governo nas leis laborais

06 de julho de 2018 às 15:46

Adão Silva, deputado do PSD, ironizou as divergências dos partidos da esquerda dizendo que "acabaram os tempos festivaleiros das revogações".

A direita está a favor do acordo de concertação social, esta sexta-feira em debate no parlamento, mas o PSD atacou a política de "encontrões" à esquerda e o CDS questionou o isolamento do Governo neste capítulo.

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Assembleia da República

No debate sobre as alterações às leis laborais, do Governo e dos partidos de esquerda, na Assembleia da República, em Lisboa, o deputado social-democrata Adão Silva ironizou com as divergências dentro dos partidos da esquerda.

"Ainda não percebeu que acabaram os tempos festivaleiros das revogações e agora é mesmo o tempo dos encontrões", questionou Adão Silva, virando-se para as bancadas do PS, PCP, BE e PEV.

Adão Silva declarou-se perplexo por, dentro do PS, se admitirem alterações à proposta de lei do Governo que reflecte o acordo de concertação social, afirmando que os socialistas podem estar a preparar-se para "roer a corda".

E foi exactamente este cenário, de alterações à proposta, na especialidade, que levou o deputado do CDS António Carlos Monteiro a perguntar ao ministro do Emprego, Vieira da Silva, que consequências retirará em caso falhar ou as alterações irem além do acordo.

Vieira da Silva não respondeu e, mais tarde, o deputado centrista Filipe Anacoreta Correia acusou o Governo de estar "rodeado por dentro", da maioria de esquerda.

Para Anacoreta Correia, o Governo está "em risco de isolamento", "sem pontes nem diálogo", vive "orgulhosamente só" e chega a provocar "quem precisa" para aprovar as suas propostas.

E até ironizou, num debate em que se falou de precariedade, que "não há nada mais precário do que a palavra do primeiro-ministro".

No mesmo tom, a deputada do PSD Clara Marques Mendes também questionou "o valor" da palavra de António Costa quanto ao acordo de concertação, que "se diz e desdiz".

Para Clara Marques Mendes, está também em causa a "credibilidade política do Governo, do PS e do próprio primeiro-ministro".

A Assembleia da República debate hoje 19 diplomas com alterações ao Código do Trabalho, entre os quais a proposta do Governo que reflecte o acordo de Concertação Social, mas só alguns, do BE e PCP, serão votados pelo plenário.

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