PCP diz que confinamento tem de ser "uma medida excecional"
O secretário-geral do PCP defendeu que o confinamento tem de ser "uma medida excecional" e não a solução para a pandemia, e pediu ao Governo que faça entrar em vigor as medidas aprovadas no Orçamento para 2021.
Em declarações aos jornalistas no parlamento, no final de uma audiência com o Presidente da República por videoconferência, Jerónimo de Sousa manifestou ainda a preocupação do partido com a testagem e rastreio no país e considerou que o processo de vacinação tem sido "turbulento".
"Insistimos que o confinamento tem de ser entendido como uma medida de exceção e não como solução duradoura (...) Se confinássemos por inteiro o país, o que acontecia?", perguntou.
Questionado se o PCP entende que existem condições para o regresso ao ensino presencial já no início de março, Jerónimo de Sousa não apontou uma data.
"Desde o princípio que admitimos que as escolas fossem encerradas numa situação que não se prolongasse no tempo. Hoje está provado que as escolas não são foco da epidemia, é necessária uma planificação, que inclua medidas de reforço dos meios escolares", defendeu.
Para Jerónimo de Sousa, "naturalizar" o regresso às escolas poderia contribuir para "distender" a situação do país.