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Jerusalém: Portugal lamenta vítimas e apela à contenção das partes envolvidas

14 de maio de 2018 às 21:42

Entre os 52 civis palestinianos abatidos a tiro pelo Exército israelita esta segunda-feira, contavam-se "oito crianças com menos de 16 anos"

Portugal lamentou as dezenas de mortos e centenas de feridos ocorridos na faixa de Gaza e apelou à contenção das partes envolvidas, refere um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).

"Sem colocar em causa o direito de autodefesa de Israel, o princípio da proporcionalidade pelo uso da força deve ser respeitado, assim como o direito a protestar pacificamente", acrescenta o comunicado do MNE.

O Governo português vê ainda "com grande alarme" a escalada da violência em Gaza e lamenta os incidentes desta segunda-feira, que vitimaram pelo menos 52 pessoas e causaram centenas de feridos e que aumentam o já elevado número de vítimas registado durante os protestos palestinianos das últimas semanas.

"Estes trágicos eventos colocam em evidência, uma vez mais, a insustentabilidade da situação em Gaza e a urgência de criar condições para a retoma de negociações, visando uma solução que leve à criação de dois Estados, assente na coexistência, em paz e segurança, de Israel e da Palestina, e que defina o estatuto final de Jerusalém", conclui o documento.

Cinquenta e dois palestinianos foram hoje mortos na Faixa de Gaza por soldados israelitas na fronteira, onde dezenas de milhares protestavam contra a transferência para Jerusalém da embaixada dos Estados Unidos em Israel, indicou o Ministério da Saúde local.

De acordo com um novo balanço, estas mortes elevam para 106 o número de palestinianos mortos na Faixa de Gaza desde o início, a 30 de Março, de um movimento de contestação em massa, e fazem também de hoje o dia do conflito israelo-palestiniano com mais mortes desde a guerra do verão de 2014 no enclave palestiniano.

Entre os 52 civis palestinianos abatidos a tiro pelo exército israelita, contavam-se "oito crianças com menos de 16 anos", afirmou o embaixador palestiniano na ONU, Riyad Mansour, em conferência de imprensa, acrescentando que "mais de 2.000 palestinianos ficaram feridos" durante os protestos.

A Faixa de Gaza é palco de confrontos desde o final da manhã, com os palestinianos a manifestarem-se contra a inauguração da embaixada dos Estados Unidos, que ocorreu hoje à tarde na Cidade Santa.

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