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Covid-19: Enfermeiros pedem reunião urgente à tutela para discutir condições de trabalho

13 de março de 2020 às 17:41

Sindicato diz que "o momento de exceção que vivemos torna ainda mais prementes estas exigências e são muitos os relatos de falta de material e desconhecimento dos planos de contingência institucionais".

O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) solicitou uma reunião urgente à ministra da Saúde para discutir melhores condições de trabalho para estes profissionais, por forma a fazerem face à pandemia Covid-19, foi anunciado esta sexta-feira.

Lembrando que os enfermeiros são profissionais que estão "na linha da frente no acesso, prestação de cuidados, apoio a utentes e familiares, ensinos e tratamento dos doentes", o SEP alerta para a necessidade de meios que o atual momento exige, entre os quais melhores condições de trabalho que o sindicato tem exigido e que continuam por resolver, lê-se no comunicado.

"O momento de exceção que vivemos torna ainda mais prementes estas exigências e são muitos os relatos de falta de material e desconhecimento dos planos de contingência institucionais", afirma a dirigente sindical Guadalupe Simões.

Neste contexto, o SEP solicitou uma reunião à ministra da Saúde, com caráter urgente, para discutir a contratação de enfermeiros, a falta de material e o impacto do encerramento das escolas na atividade dos enfermeiros.

O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 5.000 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde (OMS) a declarar a doença como pandemia.

O número de infetados ultrapassou as 134 mil pessoas, com casos registados em mais de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 112 casos confirmados.

Face ao avanço da pandemia, vários países têm adotado medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena inicialmente decretado pela China na zona do surto.

A Itália é o caso mais grave depois da China, com mais de 15.000 infetados e pelo menos 1.016 mortos, o que levou o Governo a decretar a quarentena em todo o país.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) atualizou hoje o número de infetados e registou o maior aumento num dia (34), ao passar de 78 para 112, dos quais 107 estão internados.

A região Norte, com 53 infetados, continua a ter o maior número de casos confirmados, seguida da Grande Lisboa, cujo registo duplicou para 46, enquanto as regiões Centro e do Algarve têm cada uma seis casos confirmados. Além destas, há um caso assinalado pela DGS no estrangeiro.

O boletim epidemiológico assinala também que, desde o início da epidemia, a DGS registou 1.308 casos suspeitos (mais de o dobro em relação a quinta-feira) e mantém 5.674 contactos em vigilância.

Na quinta-feira, o Governo anunciou que as escolas de todos os graus de ensino vão suspender as atividades letivas presenciais a partir de segunda-feira, devido ao surto de Covid-19.

Várias universidades e outras escolas já tinham decidido suspender as atividades letivas.

O Governo decidiu também declarar o estado de alerta em todo o país, colocando os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão.

A restrição de funcionamento de discotecas e similares, a proibição do desembarque de passageiros de navios de cruzeiro, exceto dos residentes em Portugal, a suspensão de visitas a lares em todo o território nacional e o estabelecimento de limitações de frequência nos centros comerciais e supermercados para assegurar possibilidade de manter distância de segurança foram outras das medidas aprovadas.

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