Sábado – Pense por si

Rui Hortelão
Rui Hortelão Director da SÁBADO
17 de dezembro de 2015 às 08:00

Com uma banca assim não há país que resista

Só desde que Portugal teve de se entregar às ordens da troika, o Estado português já recapitalizou cinco bancos. No total, durante este período, a banca nacional precisou de 12.150 milhões de euros, directos, para prosseguir com a sua actividade

O Banif caiu em desgraça. Depois do BPN, do BPP e do BES – sem falar das suspeitas que ensombraram o Montepio Geral –, também o banco liderado por Jorge Tomé se afunda. As semelhanças com situações anteriores envergonham qualquer um que tenha a mínima consciência de que só razões para lá da normalidade podem explicar que os bancos em Portugal tombem como peças de dominó. Culpados há muitos. Cúmplices também. Mas todos juntos são, ainda assim, uma insignificante minoria quando comparados com o número de vítimas dos erros sucessivos de gestão, da megalomania de alguns, suportada na conveniência política ou empresarial de outros. O problema é que as acções destes poucos reflectem-se na vida de muitos, os cidadãos portugueses, que nos últimos anos têm sido chamados a pagar – literalmente – as facturas dos negócios feitos pela nossa elite de banqueiros. Há excepções, claro, mas a sucessão de falências, capitalizações e restruturações demonstram bem qual é a regra que tem imperado no nosso sector financeiro.

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