Sábado – Pense por si

José Pacheco Pereira
José Pacheco Pereira Professor
15 de janeiro de 2016 às 08:00

Nem vento nem popa

Um dos aspectos do forte corporativismo dos jornalistas é tomar como “suas” determinadas personalidades, cujos casos mais flagrantes são Marcelo e Portas, ambos tendo feito carreira num terreno ambíguo entre o jornalismo e a política

Ia a dizer que a campanha eleitoral das presidenciais ia de vento em popa. Mas dificilmente haveria uma expressão mais desajustada, porque não há vento, e não é certo que haja popa. Como escrevi aqui já há várias semanas, é uma campanha atípica, mas ser atípica não significa que não seja interessante e não vá ser relevante. É difícil imaginar maior importância para a função da Presidência do que aquela que existirá nos próximos anos, num contexto parlamentar e governativo que é muito volátil e que, tudo indica, pode ainda ser mais. 

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Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.