Os 89 anos de Mahmoud Abbas servem-lhe de lembrete que já nada perde. No poder ditatorial, não chegou a lado nenhum, pior; não levou os palestinianos a lado nenhum.
Chamou-os filhos da mãe, de cães, chamou-os de tudo menos filhos de santas. A múmia do presidente da Autoridade Palestiniana, que não quis se pronunciar sobre o massacre de 7 de Outubro de 2023, abriu a boca e os braços para dar um aperto nas orelhas dos seus manos Hamas. Entreguem os reféns, disse em sobrancelha zangada, não dêem razões a Israel para continuar a guerra. Mahmoud Abbas, calado há um ano e meio, foi eleito a 9 de janeiro de 2005 e vira o lombo à democracia, tal como o Hamas, que foi a eleições no longínquo 2006. Hamas e Fatah travaram uma guerra civil que teve cabeças, muitas, de elementos da Fatah aos pedaços nas ruas de Gaza. Desde então, dois governos autoritários fingem-se estados livres; um, a reinar em Gaza e outro chutado para os confins da Cisjordânia. Algures, no tempo, as comadres fizeram as pazes por semanas, para ser bonito na ONU, depois, a rotina de inimizades continuou. Abbas rala-se tanto com Israel e com os reféns israelitas como um peixe na banheira, quem, como próprio, bolçou que o Holocausto aconteceu por causa do papel social dos judeus, e não pelo antissemitismo, apresenta um cartão de visita ao nível sanitário. O Hamas não gostou da descompostura e de ter sido apelidado descendente de cão no plural. Os 89 anos de Mahmoud Abbas servem-lhe de lembrete que já nada perde. No poder ditatorial, não chegou a lado nenhum, pior; não levou os palestinianos a lado nenhum, andou, anda, a passar-se por peso de balança com pedras nos bolsos. Um presidente morto consegue mais. Igualmente percebe que qualquer pólvora que o Hamas se lembre de disparar para Ramallah, o caldo entornar-se-á para cima do Hamas. Essa é a metralhadora de Abbas. Acha que pode desbobinar o que lhe apetece porque, enquanto Israel está em guerra contra o Hamas para que sejam entregues os reféns, o Hamas não responderá ao estilo de 2005; fuzilamentos. À boleia, aproveitou para dizer o que realmente lhe importa; o Hamas deve acabar com o seu domínio em Gaza e entregar as suas armas à Autoridade Palestiniana para, a seguir, Abbas e os seus muchachos, subirem à cadeira por décadas. Muda o disco e toca a mesma música com ritmos diferentes.
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