Sábado – Pense por si

Miriam Assor
Miriam Assor
01 de setembro de 2025 às 16:17

Hipocrisia

Agora, com os restos de Idan Shtivi, declarado oficialmente morto, o gabinete do ministro Paulo Rangel solidariza-se com o sofrimento do seu pai e da sua mãe, irmãos e tias, e tios. Família. Antes, enquanto nas mãos sangrentas, nem sequer um pio governamental Idan Shtivi mereceu.

Prestou homenagem ao cidadão luso israelita. O governo de Portugal, através do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Escreveu, aliás, enfatizou que a homenagem era sentida. Sentida. O presidente da República não quis ficar atrás, manifestou sentido pesar. Saiu-lhes da aorta. É. Lembra lágrimas de plástico que escorrem em rostos falsos nos velórios onde quem está no caixão é sempre boa pessoa, mas apenas após o óbito.  Idan Shtivi dançava no Festival Supernova, no horrendo 7 de Outubro de 2023, quando terroristas do Hamas irromperam para matar, queimar, degolar e violar o máximo de pessoas que pudessem. O jovem fotógrafo de 28 anos foi levado para Gaza, esse chão que é a capital do terrorismo. Como muitos israelitas, que apenas estavam a dançar, feito refém. Vivos ou sem vida, tanto faz ao Hamas. Guardam esqueletos, que ainda respiram, nos túneis e enterram caveiras debaixo das mesas para moeda de troca.

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