Simone Biles soube parar, cuidar de si e soube voltar. Disse que não era apenas atleta, que era uma pessoa, e como qualquer outra pessoa, às vezes, é preciso dar um passo atrás. Simone deu um passo atrás, para, a seguir, dar dois em frente. Já os deu no sentido certo.
Vejo a saúde mental como um ciclo de saltos, quedas e recomeços. Em cada salto estão representados os momentos de confiança, sucessos e conquistas. Depois, as quedas ensinam-nos sobre os limites e a resistência do corpo e da mente. E, embora dolorosas e sofridas, devemos encarar as quedas ao longo da vida como uma oportunidade de aprender, renovar e recomeçar.
Há uma Simone Biles antes e depois do fenómeno "twisties", caracterizado por uma desconexão entre o corpo e a mente. Há uma Simone antes e depois dos contextos e das circunstâncias acumuladas no mundo do desporto. Há uma Simone antes e depois da desistência da competição, em Tóquio, em 2021. Há uma Simone antes e depois do regresso, em Paris, em 2024.
Simone Biles soube parar, cuidar de si e soube voltar. Disse que não era apenas atleta, que era uma pessoa, e como qualquer outra pessoa, às vezes, é preciso dar um passo atrás. Simone deu um passo atrás, para, a seguir, dar dois em frente. Já os deu no sentido certo.
Após a metamorfose que a fez ultrapassar a dor e renascer, transformar numa versão onde o amor-próprio está no pódio, e reencarnar sem mudar de corpo, mas alterando a mente, Biles apresenta-se com uma nova identidade. Mais próxima de quem é, mais honesta com o que o corpo e a mente lhe pedem, mais segura de si. Corajosa, destemida e determinada, ao ponto de correr o risco da própria vida com o majestoso Biles II, desafiando as fronteiras do humanamente possível. O seu regresso foi enorme, verdadeiramente, olímpico. E com ele, enalteceu-se a capacidade de superação como a essência mais bela do desporto.
Desde o início dos Jogos Olímpicos que Simone Biles releva a intervenção psicológica como fonte de equilíbrio e espaço seguro para o desenvolvimento e progresso pessoal, combatendo o estigma e a discriminação, lembrando que a saúde mental importa tanto quanto os treinos, os ensaios, a alimentação ou a recuperação física, e mostrando que procurar ajuda é um sinal de força e coragem. A ginasta mais premiada de sempre deu, porventura, o maior dos saltos, em direção a uma saúde mental melhor, mais cuidada e protegida.
Histórias como esta não moldam somente as páginas da história do desporto mundial. São uma forma de inspirar, influenciar e transformar outras tantas vidas em histórias de superação e vitórias. Além disso, ajudam a capacitar a sociedade para que seja cada vez mais inclusiva, mais empática e mais informada em relação às doenças mentais, como a depressão, e para que reconheça o papel central da psicoterapia. Para que seja possível contar um antes e um depois da doença, como o exemplo de Simone Biles, entre anónimos que possam estar a precisar de auxílio - família, amigos, vizinhos, colegas de trabalho.
Assim como um atleta que salta e cai, também a vida apresenta altos e baixos. Simone Biles é já a porta-estandarte da promoção da saúde mental, não só no palco de competição dos Jogos Olímpicos, como fora dele. A sua missão continuará, porque a bandeira da saúde mental tem que ser levantada todos os dias, em todos os palcos da vida.
Acredito que a hipnocracia, ao criar imaginários coletivos, pode beneficiar ou boicotar uma governação e influenciar eleições, sempre com consequências destrutivas para as instituições democráticas.
A imigração é uma das áreas que mais preocupação e polarização ocupa no debate público e político, sendo instrumentalizada pelos extremos à direita e à esquerda, por quem quer culpar os imigrantes por tudo e por quem quer ignorar que os imigrantes têm direitos e deveres.
Os centros públicos de Procriação Medicamente Assistida são 10, um número inferior aos 18 centros privados, e a resposta pública é inexistente no Alentejo e no Algarve.
O relatório "O consumidor de comunicações eletrónicas" da ANACOM mostra que 20% dos portugueses entre os 55 e os 64 anos nunca acedeu à internet e que o valor ascende aos 42% entre os 65 e os 74 anos, enquanto a média europeia é de 8% e 22%, respetivamente.
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