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Se fecharmos os olhos e pensarmos na diversidade de paisagens, vilas históricas, praias e montanhas verdejantes, na riqueza gastronómica, nas tradições e na cultura portuguesas, facilmente nos rendemos a sermos turistas dentro do nosso País, do nosso distrito e, até, da nossa cidade.
Se fecharmos os olhos e pensarmos na diversidade de paisagens, vilas históricas, praias e montanhas verdejantes, na riqueza gastronómica, nas tradições e na cultura portuguesas, facilmente nos rendemos a sermos turistas dentro do nosso País, do nosso distrito e, até, da nossa cidade. Mesmo quem viaja pelo Mundo, acaba sempre por redescobrir os encantos da sua própria casa. Com as rotinas, rapidamente nos esquecemos das qualidades da cidade que é lar e de tudo o que diariamente nos rodeia – os laços vizinhos, os monumentos, as ruas, os restaurantes típicos, os produtos locais. Tal como os convidados que nos visitam em casa, também os turistas nos fazem parar, apreciar e valorizar o que a nossa região tem para oferecer.
Ao fazermos turismo pelos caminhos de Portugal, usufruímos do que é português e apoiamos o comércio, os projetos e as comunidades locais. Em vez de visitar os mesmos locais de sempre, na mesma altura, com o mesmo roteiro, conseguimos dar mais vida às cidades, vilas e aldeias que são tesouros escondidos, muitas vezes, atraiçoados pelo provincianismo ou esquecidos pela azáfama dos grandes centros urbanos. A hospitalidade é ponto de partida para a descoberta, e, por cá, os guias são gentes únicas, que sabem tão bem receber.
No domingo passado fui turista em Amarante. Fico deslumbrada sempre que chego lá. No regresso, trago a arquitetura e a arte, não fosse o berço de Amadeo de Souza-Cardoso, Agustina Bessa-Luís e Teixeira de Pascoaes. Permaneço ligada através de imagens do encontro com a natureza, da ligação harmoniosa com o rio Tâmega e das Serras do Marão e Aboboreira, sem esquecer os sabores da doçaria conventual. Desta vez, a visita foi suplementar e o ponto alto foi o festival MIMO. A magia é simples de vislumbrar: a partir da identidade amarantina viajámos pelo Mundo de forma gratuita.
Estivemos cá dentro – na ponte, no largo, na igreja, nos claustros e na sala de teatro – e ao mesmo tempo lá fora – com a música do Mundo a cultivar momentos inesquecíveis e a reunir molduras humanas. A partilha da cidade com os turistas acrescentou às gentes da terra, e podemos dizer o mesmo sobre o seu inverso, pelas formas de interação a florescerem e coexistirem. Amarante chamou a si esta oportunidade e com ela atraiu turistas, mas sem prescindir do seu bem maior - a sua identidade, afirmando-se como "um território-ponte de um passado que sempre se quis futuro".
O turismo é fundamental para a economia nacional. O seu crescimento nos territórios de pequena e média dimensão ou de menor densidade populacional, que se querem afirmar enquanto destinos turísticos de qualidade, deve acautelar a melhoria das condições de vida, o respeito pelas comunidades residentes e a sustentabilidade, antecipando desequilíbrios sentidos noutros locais. Só o crescimento turístico consciente permitirá que os ganhos possam ser sustentados, equilibrados e contínuos, assegurando o desenvolvimento social, ambiental, económico e cultural.
Para estes territórios serem competitivos, precisam de ser autênticos e fiéis a si mesmos, protegendo a sua identidade bem própria, única e singular. Afinal, as cidades, vilas e aldeias são reflexo do seu património material e imaterial, preservado ao longo dos tempos. Para se destacarem, têm de proporcionar experiências diferenciadoras e inovadoras, porque quando as ofertas se mimetizam, é na diferença que se encontra o fator de atração. A autenticidade é, pois, o melhor cartão de visita. Fundamental para o turismo, para querer ir e voltar, e, quiçá, para a fixação de novos residentes, para querer para sempre ficar.
Acredito que a hipnocracia, ao criar imaginários coletivos, pode beneficiar ou boicotar uma governação e influenciar eleições, sempre com consequências destrutivas para as instituições democráticas.
A imigração é uma das áreas que mais preocupação e polarização ocupa no debate público e político, sendo instrumentalizada pelos extremos à direita e à esquerda, por quem quer culpar os imigrantes por tudo e por quem quer ignorar que os imigrantes têm direitos e deveres.
Os centros públicos de Procriação Medicamente Assistida são 10, um número inferior aos 18 centros privados, e a resposta pública é inexistente no Alentejo e no Algarve.
O relatório "O consumidor de comunicações eletrónicas" da ANACOM mostra que 20% dos portugueses entre os 55 e os 64 anos nunca acedeu à internet e que o valor ascende aos 42% entre os 65 e os 74 anos, enquanto a média europeia é de 8% e 22%, respetivamente.
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O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
Trazemos-lhe um guia para aproveitar o melhor do Alentejo litoral. E ainda: um negócio fraudulento com vistos gold que envolveu 10 milhões de euros e uma entrevista ao filósofo José Gil.